terça-feira, 14 de junho de 2011

Parati, Petrópolis e Rio de Janeiro, breve.

Um breve relato sobre nossa viagem rápida aos lugares acima.
Nossa visita a Parati começou com uma grande aventura: fomos pela estrada que passa por Cunha, a Estrada Real que, ao entrarmos no Estado do Rio de Janeiro, passa a ser um conjunto de pedras lisas e buracos, ladeada por barrancos e precipícios, além de um lamaçal medonho em função da umidade local ser muito alta e a manutenção da estrada inexistente.
Confesso que pela primeira vez em minha vida, sofri ao volante.
Foram nove quilômetros e oitocentos metros vencidos em mais de duas horas, com seguidas batidas do protetor do carter nas pedras do caminho, o carro tombando de lado, que nos dava a sensação que iríamos capotar, simplesmente.
Quase ao final da tormenta, faltando dois quilômetros para voltarmos ao asfalto, encontramos uma cabana com uma placa escrita “Apoio ao Turista”, um apoio moral e alcoólico, pois nem consertar um pneu era possível.
A figura que ali estava nos falou várias vezes para relaxar, disse que não precisava consumir nada e me mostrou onde o asfalto recomeçaria.
Após deslizar mais ou menos um quilometro encontrei uma ponte caída e um desvio feito por três placas de concreto à esquerda da ponte, aonde mal e mal passava o carro. Passei direto pela pinguela preocupado em não cair no rio e em não bater numa enorme pedra que fica em frente à pequena ponte, que aparece na foto coberta por uma folhagem verde.
Aliás, tirei fotos do lugar para registrar para sempre a minha insanidade.

Ficamos no Coxixo, que não é mais da Maria Della Costa e agora se chama Pousada Literária.
Maria é uma grande artista, mora ao lado do hotel e tivemos a alegria de visitá-la na manhã de sábado. Foi uma conversa para lá de agradável e muito gratificante.
Ela é uma mulher incrível.
Ainda haverei de publicar uma crônica só para ela. Por agora posso dizer que ela foi uma anfritriã amável, nos brindou com um livro sobre sua vida e nos mostrou coisas fantásticas, como a estátua que Victor Brecheret lhe fez na ocasião em que interpretou Joana D'Arc em "O Canto da Cotovia".
A viagem já valera a pena.

À noite saímos para passear pela cidade, com muito gosto, e jantamos no Margarida Café, ouvindo a cantora Maria Marta, de voz agradabilíssima.
Deixa o bom restaurante muito melhor.


Aviso aos navegantes:
tenho dicas fabulosas sobre onde não comer e, principalmente aonde comer em Parati.


O dia seguinte foi para descobrir Parati, rever e pisar suas pedras, sua História.
Nas ruas de Parati é possivel encontrar muitos músicos, alguns cheios de talento como a dupla ao lado.
Às vezes eles estão dentro das casas, como o Osmar da flauta, que espalha uma música suave a partir das janelas da Casa da Música.


E sobra talento entre os artistas plásticos, como vimos no Ateliê de Lucio Cruz, com quadros e máscaras incríveis, e o Noca, cicerone alegre, culto e simpático.


Parati é uma maravilha.


Nossa viagem para Petrópolis começou como uma corrida de obstáculos. Coitada da Elisa, quantos sustos! Uma hora um pedestre bêbado, depois dois ciclistas em tempos alternados, praticamente entraram na frente do carro com a mínima chance de brecar e desviar.

Chegamos a Petrópolis no final da tarde, ainda a tempo de visitar o Museu Imperial.
O sol se põe cedo na cidade e o passeio noturno foi feito sob grande frio.
No segunda-feira Petrópolis fecha para balanço e nós aproveitamos para irmos até Teresópolis visitar, entre outras coisas, a sede da CDF.
A Estrada Petrópolis Teresópolis está em obras e ficamos parados várias vezes, tranquilos, apreciando a vista.
De volta a Petrópolis visitamos a Casa da Ipiranga, também chamada de Sete Erros.
No dia seguinte encontramos uma figura muito conhecida em Petrópolis, o Bento Junior, ex-jogador de futebol da cidade que também jogou em Portugal, agora guia turístico.
Ele fez de nosso passeio uma visita muito proveitosa, um mergulho na nossa História, que incluiu conhecer a “Encantada”, casa do Santos Dumont que, para mim, foi o ponto alto da visita a Petrópolis. Gostei mais dali que do Museu Imperial.

Sobre Petrópolis tenho que ressaltar uma coisa negativa: gostaria de poder escrever com todas as letras o nome do restaurante aonde, à tarde, eu vi o pessoal da cozinha reaproveitando a salada que havia sido deixada por uns clientes que alí haviam almoçado. Mas eu posso contar numa conversa particular.

Após Petrópolis, visitamos a Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, para cumprir uma promessa minha. É fato que nos perdemos no caminho, para variar, mas chegamos lá, subimos os 365 degraus e visitamos a igreja.
Uma maravilha. Que igreja linda e que visão fantastica da Cidade Maravilhosa.
Como estavam gravando uma novela, O Astro, ficamos retidos lá no alto até que a Regina Duarte desse o beijo no galã.
Descemos a pé, porque o bondinho que pretendíamos pegar foi sendo ocupado pelos equipamentos da Globo, jogados NO meu pé pelos técnicos da emissora, sempre grosseiros.

Não foi o sufuciente para nos aborrecer e ainda deu tempo de uma escala técnica na Confeitaria Colombo, onde tomei meu tradicional cappuccino.

















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Um comentário:

Roberto disse...

"Onça: eu e o Andre passamos pela estrada Cunha/Parati há um mês atrás, à noite. Graças a Deus não havia neblina pois não há como virar o carro para retornar. Foi a pior viagem de nossas vidas. O pior é que entre Guaratinguetá e Cunha há inumeras placas do Gov. Alckmin sobre a reforma da estrada, mas não avisa que poucos km a frente , na entrada do Estado do RJ o viajante vai dar de cara com aquela picada aberta no mato para descer a serra."