Estávamos ouvindo, Elisinha e eu, o programa Radar Paulista do meu amigo Renato Albuquerque, quando ele anuncia a notícia:
“Várias cidades do interior de São Paulo impõem toque de recolher aos jovens”!
Sei que é dever do jornalista comentar estas coisas, mas vou pedir que ele prepare o terreno quando for noticiar coisas desse tipo ou dia desses vou acabar batendo o carro.
Absurdo dos absurdos em um país dito democrático:
Um cidadão com poder de assinar um papel e nenhum bom senso, ao invés de regulamentar o dia a dia das pessoas, nega-se ao seu dever e, por conforto do cargo, simplesmente rompe com uma cláusula pétrea da Constituição Brasileira: a Liberdade.
Ao invés de cuidar dos jovens, esses senhores os castigam indiscriminadamente e, pior, lhes passam a mensagem que TODOS são irresponsáveis e insuficientemente sãos e maduros para julgar seu destino.
Os jovens que cada vez mais são condenados a quatro paredes e um computador, mantidos escondidos do mundo com o qual terão de lidar um dia.
“Várias cidades do interior de São Paulo impõem toque de recolher aos jovens”!
Sei que é dever do jornalista comentar estas coisas, mas vou pedir que ele prepare o terreno quando for noticiar coisas desse tipo ou dia desses vou acabar batendo o carro.
Absurdo dos absurdos em um país dito democrático:
Um cidadão com poder de assinar um papel e nenhum bom senso, ao invés de regulamentar o dia a dia das pessoas, nega-se ao seu dever e, por conforto do cargo, simplesmente rompe com uma cláusula pétrea da Constituição Brasileira: a Liberdade.
Ao invés de cuidar dos jovens, esses senhores os castigam indiscriminadamente e, pior, lhes passam a mensagem que TODOS são irresponsáveis e insuficientemente sãos e maduros para julgar seu destino.
Os jovens que cada vez mais são condenados a quatro paredes e um computador, mantidos escondidos do mundo com o qual terão de lidar um dia.
Confesso que quando minhas meninas saem de casa para encontrar com amigas, nossos velhos corações de origem portuguesa e italiana batem apressadamente até a hora que ouvimos o motor do carro ser desligado e os passos alegres da nossa cachorrinha salpicarem na companhia delas até a cozinha.
Não ligo para as batidas de portas e saltos de sapatos.
Enquanto isso passo mal sim, mas, problema meu.
Enquanto isso passo mal sim, mas, problema meu.
Jamais admitiríamos que uma restrição dessa natureza lhes fosse imposta: iríamos à Justiça para lhes conseguir um verdadeiro "habeas corpus". Esses caras não sabem como minha mulher é quando brava!
Não posso impedir que sigam seus caminhos e saibam que o mundo é, desde tempos imemoriais, um campo onde o mais forte sobrevive: antigamente o mais forte fisicamente; hoje, os que mais formação têm, formação negada e negligenciada aos jovens pela ausência contumaz do Estado.
Se isso persistir, em breve será decretada a prisão de todos os passarinhos em viveiros para que não sujem nossas estátuas ou manchem os jardins.
O mesmo vai valer para nossos cães que igualmente sujam as calçadas. É muito mais fácil decretar uma bobagem dessas que multar os cretinos que deixam as sujeiras dos seus animais nos caminhos de cegos, de idosos, crianças, enfim, nossos caminhos, até mesmo o deles.
Será proibida a reunião de pessoas para um chopinho porque as nossas autoridades são incapazes de evitar que alguns urinem nas ruas.
Desculpem se, de repente, usarem esta crítica como uma sugestão e dêem uma canetada e transformem essas bobagens em Decretos.
Proponho aos jornalistas que dêem a notícia, por dever, mas NÃO ENTREVISTEM ESSES JUÍZES E CONSELHEIROS TUTELARES, NÃO MOSTREM SEUS ROSTOS E SUAS VOZES EM JORNAIS, RÁDIOS E TEVÊS. Vamos reduzí-los à sua insignificância, de pessoas nomeadas para um cargo ao qual não estão aptas a preencher.
Teve razão o Renato quando disse que o "toque de recolher" deveria ser aplicado aos donos de casas noturnas que permitem a bebida alcoólica aos menores de 18 anos, aos exploram o sexo juvenil, aos traficantes.
Essa inversão de valores me lembra o Pastor alemão Martino Neimöller, autor do fabuloso poema abaixo:
Quando os nazistas levaram os comunistas, eu fiquei quieto; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu permaneci quieto: eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei: eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu me mantive calado: eu não era judeu.
Quando eles me levaram, não sobrou ninguém que protestasse por mim.
Quando os nazistas levaram os comunistas, eu fiquei quieto; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu permaneci quieto: eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei: eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu me mantive calado: eu não era judeu.
Quando eles me levaram, não sobrou ninguém que protestasse por mim.
Aceitam uma caninha após a meia-noite?