segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Não chorem por sermos nada.

Meus caros amigos brasileiros, em especial os mineiros, na verdade lhes digo:
Não se sintam mal pelo fato dos estrangeiros desconhecerem o Brasil; na verdade nós não temos importância nenhuma acima do Equador, ainda mais agora, depois de tantas notícias de corrupção.

Não se sintam mal pelo fato dos brasileiros não colocarem bandeiras do Brasil ou de Minas sob suas fotos, mas colocarem a bandeira da França; a diferença da situação é gritante.

Enquanto o crime cometido em Minas foi o da ganância pura e simples, crime de desleixo e desconsideração pela vida, tanto dos ribeirinhos quanto da fauna e flora, o crime na França foi contra o tipo de vida que levamos.
Isso mesmo, nossa vida.

Você que tem uma filha que vai para a balada e sai de casa perto da hora que você era obrigado a voltar por seus pais;
Você que evoluiu no pensamento e vai para a praia pensando na diversão e cervejinha, além de uma piscadela ou outras nas meninas que passam com roupas sumárias;
Você que pode divergir do Governo Central sem imaginar que tomara chibatadas ou será expurgado simplesmente;
Você que falta nas missas de domingo;
Você que pode entrar num estádio de futebol ou vôlei com o namorado;
É um crime contra a liberdade de opinião, religiosa, afeta o nosso discernimento.

Esqueçam essa besteira de que foi uma retaliação.
Todas as pessoas de esquerda que você conhece não serão capazes de pensar diferente de “uma questão de ação e reação” e todos os de direita tentaram te convencer que os muçulmanos são uns loucos. Sabemos que não é assim.
Como já dizia Otto von Bismark: “nunca se mente tanto como antes de uma eleição – isso nós aprendemos -, durante uma guerra – estamos vendo e depois de uma caçada – coisa de europeus. ”

Voltando a Minas, tive um chefe que dizia sempre não se conformar com o fato “dos não mineiros desconhecerem o fato que Minas está exatamente no centro do mundo”.

Infelizmente teremos que conviver com isso.

Ressalto dois comentários que vi na internet que refletem bem esta questão:
O primeiro: “comentou-se muito mais sobre os mineiros do Chile que sobre a tragédia de Mariana”
O segundo: “enquanto taxistas de Paris transportavam as pessoas de graça após o atentado, em Governador Valadares o preço dos galões de água potável triplicaram”
Façamos nosso “mea culpa”.


Aceitam um cappuccino?

sábado, 14 de novembro de 2015

VIVA NOSSA LIBERDADE, DE NOVO.


Quando no começo de janeiro me alinhei à postura contrária aos atentados ao Jornal Charlie, houve quem esfriasse a amizade comigo e outros que justificassem a barbárie por causa das bobagens que aquele pasquim publica.
Pois bem, e agora?
Como vamos justificar matarem pessoas inocentes que estavam se divertindo vendo um jogo de futebol ou dançando numa casa noturna?
Estão matando inocentes por causa da morte de seus chefes terroristas, é isso?
Talvez agora fique claro que o que perdemos foi nossa liberdade de viver a vida e agora estaremos mergulhados, novamente, numa idade das trevas, pois poderemos ser alvos em potencial a qualquer instante, seja porque nos divertimos em festas de aniversário ou casamento, porque participamos de ritos religiosos condenados pelos bárbaros, ou ainda porque jovens vão às discotecas pensando em sexo após a discotecas.
Condenados por presunção de sexo, diga-se de passagem, por aqueles que acreditam que terão um sem-número de virgens esperando por eles no paraíso.
Enquanto nos compadecemos com suas crianças mortas - por fugirem deles mesmos - em praias, eles hoje comemoram a morte de jovens e inocentes como um trunfo sem precedentes à decadência do Ocidente.
Somos decadentes?
Qual é o pecado de nossas mulheres ao andarem de cabeça descoberta e sozinhas pelas ruas? Podem pecar?
As crianças não poderem empinas pipas para não verem mulheres em suas casas e pensarem em sexo. É isso?
Vamos ser executados por termos alto grau de liberdade por aqueles que pensam nas virgens pós morte, de novo?
Esqueçam as charges do Charlie, esqueçam qualquer justificativa que a esquerda imbecil possa dar para essa tragédia: 
É NOSSA LIBERDADE DE IR E VIR, DE PENSAR E VIVER QUE ESTÁ EM JOGO.

Nossa liberdade de tomar um cappuccino sossegado ao final da tarde sem que um idiota se exploda ao nosso lado.
Vamos refletir, vou refletir, pois agora estou muito bravo e eu não consigo perdoar, neste instante, os que foram provincianos no começo do ano; temos que sair dos nossos pobres pensamentos para podermos.

Afinal, já se dizia no século XVI que “não se consegue descobrir novos mares e novas terras sem se pisar nas areias das praias”