Meus caros amigos brasileiros, em especial os mineiros, na
verdade lhes digo:
Não se sintam mal pelo fato dos estrangeiros desconhecerem o
Brasil; na verdade nós não temos importância nenhuma acima do Equador, ainda
mais agora, depois de tantas notícias de corrupção.
Não se sintam mal pelo fato dos brasileiros não colocarem
bandeiras do Brasil ou de Minas sob suas fotos, mas colocarem a bandeira da
França; a diferença da situação é gritante.
Enquanto o crime cometido em Minas foi o da ganância pura e
simples, crime de desleixo e desconsideração pela vida, tanto dos ribeirinhos
quanto da fauna e flora, o crime na França foi contra o tipo de vida que
levamos.
Isso mesmo, nossa vida.
Você que tem uma filha que vai para a balada e sai de casa
perto da hora que você era obrigado a voltar por seus pais;
Você que evoluiu no pensamento e vai para a praia pensando
na diversão e cervejinha, além de uma piscadela ou outras nas meninas que
passam com roupas sumárias;
Você que pode divergir do Governo Central sem imaginar que
tomara chibatadas ou será expurgado simplesmente;
Você que falta nas missas de domingo;
Você que pode entrar num estádio de futebol ou vôlei com o
namorado;
É um crime contra a liberdade de opinião, religiosa, afeta o
nosso discernimento.
Esqueçam essa besteira de que foi uma retaliação.
Todas as pessoas de esquerda que você conhece não serão
capazes de pensar diferente de “uma questão de ação e reação” e todos os de
direita tentaram te convencer que os muçulmanos são uns loucos. Sabemos que não
é assim.
Como já dizia Otto von Bismark: “nunca se mente tanto como
antes de uma eleição – isso nós aprendemos -, durante uma guerra – estamos vendo
e depois de uma caçada – coisa de europeus. ”
Voltando a Minas, tive um chefe que dizia sempre não se
conformar com o fato “dos não mineiros desconhecerem o fato que Minas está
exatamente no centro do mundo”.
Infelizmente teremos que conviver com isso.
Ressalto dois comentários que vi na internet que refletem
bem esta questão:
O primeiro: “comentou-se muito mais sobre os mineiros do
Chile que sobre a tragédia de Mariana”
O segundo: “enquanto taxistas de Paris transportavam as
pessoas de graça após o atentado, em Governador Valadares o preço dos galões de
água potável triplicaram”
Façamos nosso “mea culpa”.
Aceitam um cappuccino?