terça-feira, 24 de novembro de 2009

As flores que encantam nosso dia a dia

O texto sobre jasmim-do-cabo resultou em vários comentários particulares.

Um deles foi da nossa amiga Monica, que tomei a liberdade de transcrever abaixo:

"O jasmin manga, que enfeitou o convite de casamento (saiu na revista Caras Casamento) e tambem o cabelo das minhas netas no casamento da minha filha Nataly, no sabado dia 14. Ela me falou que esta flor é tão especial porque lembra o quintal do vovo (meu pai), pelo perfume e beleza que sempre a encantou".



Vejam que beleza o arranjo nos cabelos da linda Sara.














E já que estamos sendo corujas, vejam só estas garotas:











Tem coisa mais linda que a Cecília e a Isadora juntas?

Aceitam um babador?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ainda temos o que aprender em materia de gentileza

Talvez o mais aborrecido programa de domingo seja assistir a jogos de futebol.
Os jogos são cada vez mais burocráticos e desleais. Uma ou outra coisa se salva.
Mas acaba sendo só o que nos resta numa tarde de chuva sem carro, porque a programação da televisão como um todo está uma droga pior ainda.

Vejam três lances deste domingo, dois péssimos e um, Graças a Deus, genial.

O primeiro lance decadente foi protagonizado pelo jogador Jobson do Botafogo: já tinha um cartão amarelo dispensável e, ao fazer o gol, teve a horripilante idéia de tirar a camisa e comemorar com a galera. Não lembro quem foi o primeiro imbecil que inventou essa situação de tirar a camisa do clube que defende e paga seus salários, mas é uma coisa absolutamente idiota.
Resultado: o seu time que está a dois jogos da segunda divisão (de novo) não poderá contar com seus devidos préstimos profissionais justamente na hora em que mais necessitará deles.
E no Fantástico o narrador ainda falou: “Foi expulso, mas quem está ligando; ele não está; será que a torcida está?”
A diferença entre cabecinha dos dois me parece uma só: o rapaz da Globo talvez tenha curso universitário.

O segundo lance infeliz ficou por conta dos atletas Marquinhos, do Avaí, e Washington, do São Paulo:
Com o goleiro do Santo André caído na grande área, nocauteado, Marquinhos empurrou a bola para dentro das redes e fez o segundo gol do seu time.
Diz a norma da boa educação futebolística que quando alguém se machuca e precisa atendimento a bola de ser posta para fora de campo e o time adversário deve devolver, gentilmente, para aquele que tinha seu domínio. O genial Garrincha foi o primeiro jogador a tomar esse tipo de atitude que acabou virando uma regra obedecida na várzea ou em Botsuana.
Alguns jogadores, entretanto, são maldosos ao fazer essa gentileza:
Foi o que fez o Washington do São Paulo no mesmo jogo com o Botafogo; ele devolveu a bola, mas lá perto da linha de fundo do adversário e depois partiu para o abafa.
Se alguém conhecer esse tal Marquinhos ou esse tal Washington, por favor, mostre o vídeo do link abaixo, sem medo de vírus. Mostra como se portou o time do Ajax da Holanda quando, sem querer, um atleta seu fez um gol ao devolver a bola no fair play:
http://www.youtube.com/watch?v=EvXWXe7jCrA

O domingo só não passou incólume na beleza porque o Santos, qual Fênix, saiu das cinzas e voltou a jogar alguma coisa.
O Madson, inspirado, fez o que qualquer jogador argentino faz e os brasileiros nunca aprendem: cobrou a falta em direção ao gol. Todo mundo se atrapalhou e a bola acabou entrando.
Mas a jogada das jogadas foi feita por “Sua Alteza Sereníssima Neymar I dos Santos” que, no quarto gol, numa incrível intuição, deu um chute falso – pedalada no linguajar futebolês – contando com o reflexo do goleiro que se atirou ao chão para fazer a defesa e aí, coisa de moleque, deu uma cavadinha - pequeno toque sob a bola - para encobrir o goleiro e fazer o gol mais belo do ano, na minha modestíssima e isenta opinião.


Aceitam um cappuccino?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A enfermeira da Jamaica.


Tempos atrás um amigo resolveu conhecer um desses resorts do Caribe que só aceitam casais. Foi com a mulher e o casal de filhos, já mocinho e mocinha.
Por um infortúnio, a filha dele se machucou e ele a levou no atendimento médico.
Lá se apresentou como pai da garota e a enfermeira respondeu um “hã,hã” daqueles bem cheio de cumplicidade. Não bastou sua indignação mineira e a insistência de dizer que era o pai; a enfermeira quando conversava com o médico quase que soletrava a palavra marido.
Certamente ela já vira tantas vezes velhinhos safados vivendo semana inteira de alegrias com jovens que poderiam ser suas filhas ou netas que, para ela, não importava mais a verdade; desempenhava sua função com indiferença e com suas convicções.

Cito o exemplo para justificar a última frase desta crônica, após as três situações abaixo:

A primeira diz respeito a um assalto que vi acontecer em frente à Igreja São Gabriel, no Itaim.
Um garoto de vinte e poucos anos, com uma arma enorme, assaltou o motorista que estava há dois carros à minha frente. Após pegar o que queria, ele colocou a arma na cintura para que todos vissem e saiu caminhando comemorando seu triunfo.
Às pessoas, tão desesperadas quanto eu, só restou passar ao seu lado de cabeça baixa pedindo a Deus que as fizessem invisíveis.
Que sensação horrível!
Que impotência!
Que desesperança!
Então, não adianta o Governo dizer que os crimes baixaram; como aquela enfermeira vou continuar achando que voltar vivo para casa é uma loteria que temos que ganhar todo dia, pois basta errarmos uma vez e pouco mais de vinte, trinta gramas de chumbo, vão encerrar nossa existência.

A segunda situação diz respeito ao Apagão.
Assim que aconteceu, percebi sua extensão e falei para a Fernanda que devia a falta de energia elétrica atingira todo o país.
Imediatamente veio à memória que minha filha mais velha deveria estar no Metrô naquela hora e meu desespero só passou quando a caçula conseguiu falar com a irmã e soube que a menina havia saído dos subterraneos duas estações antes da sua e fora caminhado pelas ruas junto a outras pessoas, à luz de faróis e às buzinas. Subiu os vários andares para seu apartamento conversando com um vizinho que ainda escalaria mais cinco andares.
Comentou que até havia sido divertido, por que a nós brasileiros sempre sobra alegria, até mesmo nas desgraças.
Todas as explicações dadas pelo Governo até agora tiveram o mesmo efeito das palavras do meu amigo acima; podem falar o que quiser que eu, tal qual a enfermeira, não acredito em nada.
Tudo o que se faz é blindar uma candidata de um lado e se jorrar felicidade do outro, pois nada como o tempo para se vingar do “quanto pior, melhor”.
Araruta tem seu dia de mingau, como diria minha mãe.

A terceira situação foi a queda de três vigas do Rodoanel sobre carros na Rodovia Régis Bittencourt.
A primeira providência governamental foi dizer que não houve “falha no projeto” e sim “falha na execução”.
Ah bom!
Então quando acontece um ERRO basta dizer: Foi um erro tal e basta.
Basta?
Basta!
Quis a Providência Divina que a queda se desse à noite, ninguém morreu.
O que teria acontecido se tivesse pego um ônibus e acabado com a vida de trinta pessoas e suas trágicas conseqüências para as famílias? Iriam instalar uma CPI?
Um erro?
Que erro, hein!

Só me resta um aviso:
No ano que vem teremos eleições e não vai adiantar nada a candidata D ou o candidato S jurarem de pé junto que tudo mudou porque eu, como aquela enfermeira, vou continuar acreditando que os postulantes são, na verdade, a mulher do meu amigo.


Aceitam um cappuccino?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nossas lembranças do Sauípe

Enfim, depois de muito tempo fomos passear pela Costa do Sauípe.
Por já conhecer a Praia do Forte anteriormente, a visita ao conjunto de hotéis foi relegada uma, duas, várias vezes.
Foi um excelente passeio: o hotel que nos hospedamos é muito confortável e os funcionários trabalham bem, sorrindo. Princípio de quem quer que o passageiro volte ou recomende aos seus amigos.
Já na recepção encontramos a nossa “amiga de infância” Valdete, a Val, que já foi capa de “Caras” e “Quem” por sua imensa simpatia, vestida de bahiana, com agá, dividindo o ambiente com uma boliviana perdida de amores pela Bahia, a Suzana.
Chama-se Suítes porque todas siuas acomodações são desse estilo, muito amplas, com varanda voltadas para o mar.




Como não dá tempo de se almoçar nesse tipo de viagem, concentramos nossas avaliações no café da manhã e jantar. São vários restaurantes à disposição do hóspede, inclusive um de comida tailandesa, mas com um toque de comida bahiana, como todos fazem questão de comentar.

Para nosso gosto pessoal elegemos o Casa Grande, alojado no Suítes.
No café da manhã vários pássaros rodeiam os hóspedes que retribuem com migalhas e pedacinhos de frutas.
As tapiocas matinais são divinas.

O chefe Ataíde, com passagem pelo Fasano e equipe atenciosa, está sempre junto aos hóspedes explicando os pratos e incentivando provarmos as delícias. Vejam no centro da foto a decoração que ele fez com açúcar!

No Bar Barcaça do Cacau fomos servidos do melhor Cappuccino que já provamos em viagens.


Nossa sugestão ao visitante: leve uma calça com cintura elástica para usar no vôo da volta.

Ou então saiam para passear de bicicleta com a Ana Amélia; além do passeio vão conhecer uma simpatía de pessoa que vai incentivá-lo a participar das brincadeiras e dançar nas atrações noturnas da Vila Nova da Praia.

O que é a Vila Nova?
É local onde todos passeiam durante o dia ou se reúnem à noite para assistir aulas de malabarismo, por exemplo.

Lá também encontramos a Igrejinha, a bahiana da tapioca, artesanatos, Banco do Brasil, farmácia, lojas de vestimentas - com estampas da Goya Lopes - e uma charutaria e cachaçaria muito boa.
No restaurante Villa vale provar “Penne alla arrabiatta”. Inesquecível.


Em frente ao coreto encontramos o Túlio, terceiro maior artilheiro do futebol brasileiro e o quarto do futebol mundial.*
O craque, que passeava com a família, é bastante gentil, carismático e atencioso.



Tem transporte gratuito entres os hotéis e as atrações e seu motorista noturno, o Cosme, é muito calmo e bom de prosa, quando a prosa é possível.


Também sugerimos uma massagem pelas suaves mãos da Aline, Rosemeire ou Lucimara no SPA. Vale cada centavo.

E a viagem valeu por superamos um receio que tínhamos: ouvíramos várias vezes a frase “a praia de Sauípe é ruim e rochosa”.
Sim, tem rochas, mas a pouco mais de 100 metros do nosso hotel, a esquerda, ou saindo reto na praia do Golf e Spa, se encontra serviço de praia e praias muito anchas e boas. E no caminho é possível você ter um flagrante como este.
Definitivamente para algumas coisas em turismo são necessárias verificações locais.


Aceitam um banho de cheiro?





* (Há quem sustente que Arthur Friedenreich teria feito mais gols que o Pelé. Entretanto, os números são controversos e a maioria deles sem um registro confiável