quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A FIA perdoou Nelsinho Piquet; eu não!

Curto e grosso:
Sei que o esporte em geral anda comprometido com tudo quanto é tipo de gangues de bandidos e a Fórmula 1 de longe é um dos esportes mais perversos nesse sentido.
Todavia, a frase do Bernie Ecclestone sintetiza meu pensamento:
"Se alguém te mandar roubar um banco..."
O Felipe Massa poderia ter sido Campeão Mundial no ano passado.
Se vocês não se lembram, eu recordo que ele estava em primeiro lugar na corrida após fazer a "pole".
Recordo ainda do meu pensamento na hora da batida do Nelsinho:
"Esse bosta acabou com a corrida perfeita do Massa".
Prejudicado por ter que entrar nos boxes antes da hora, após uma longa volta no circuito, Massa foi vítima de uma lambança enorme no reabastecimento, fruto do nervosismo geral que tomou conta da equipe que tentava colocá-lo na pista à frente do Hamilton e, no final das contas, terminou a corrida em 13º lugar.
Bastaria um oitavo para ele ter sido campeão no final do ano.

É isso aí Nelsinho, vai com Deus!
Espero que uma grande maldição caia sobre seu destino de piloto, caso insista nele.
O que você fez foi desprezível.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Compensação Ambiental uma ova!


Desculpem aspereza do título, mas quero registrar que não vou me deixar enganar por essa propaganda ridícula que está sendo veiculada tanto pelo Estado quanto pela Prefeitura.
Tempos atrás se contava uma piada que a Portuguesa de Desportos tinha um grave problema com estacionamento no Canindé e para resolver a questão a Diretoria já havia comprado um terreno no Morumbi. Para quem não conhece São Paulo, os bairros do Canindé e Morumbi são separados por trinta quilômetros.
Sempre se atribui aos nazistas a máxima: “repetir uma mentira até virar verdade”.
Estou vendo que não é bem assim e governos das mais diferentes matizes políticas, de esquerda e direita, se utilizam de propagandas excusas e esse mal parece sem fim.
O Governo resolveu ampliar as Marginais do Rio Tietê e faz propaganda dizendo “que é verde que não acaba mais”.
Estão me chamando de burro?
Estão destruindo árvores na Freguesia do Ó e no Limão e, pasmem, colocando num parque (?) distante quarenta quilômetros!
Num parque!
Não sei se precisamos mais árvores num parque, mas sei que precisamos mais parques próximos às nossas casas.

Os desmandos da Administração Pública são atemporais:
Antigamente se dizia: “Para frente e para o alto, mão de tinta não é asfalto”, em protesto a péssima qualidade do calçamento colocado em nossas ruas.
Hoje continuam tentando nos enganar com atitudes que podem ser mensuradas na foto abaixo:


Vejam no fundo da foto como eram as árvores no local.
Pois então. O imbecil - ou imbecis - que planejou o “Cebolinha” instalado no começo da Via Anhanguera, quem sabe por residir em um distante bairro arborizado, mandou cortar quase todas as árvores frondosas que existiam no começo da rodovia e, em compensação, mandou plantas esses galhos altos que vocês certamente estão tendo dificuldade de ver a esquerda da foto. Entre uma coisa e outra várias etapas de puro concreto.


A inteligência atinge um limite de competência, mas a imbecilidade sempre pode surpreender.
Além de derrubarem nossa vegetação, ainda aumentaram entre 1,5 a 2 quilômetros o caminho para chegarmos as nossas casas.
E mais, no terreno da Casa da Marquesa de Santos, instalado na confluência da Marginal com a Anhanguera, serão construídas 14 torres de apartamentos. Imaginem todos os residentes tendo que se locomover com seus automóveis – o sistema de transporte público aqui é ridículo e certamente não será usado por quem poderá pagar a fortuna que custará cada um desses apartamentos - despejando pelo menos 100 litros de combustível queimado por ano somente para o trânsito do começo da nova ponte até suas casas através das ruas sinuosas e mal conservadas do Parque São Domingos.
E outros 100 litros para saírem.
O que vai compensar isso? O Imposto Predial?

O Governo do Estado está dizendo que fará grandes compensações ambientais na construção do Rodoanel. Todavia, todos os olhos d’água, pequenos cursos ou nascente a jusante da obra estão sendo ou serão extintos.

O que poderá compensar isso?


Meu pai - um homem sereno e amigo de infância do ex-presidente Janio Quadros – me revelou, com alguma amargura, numa conversa que tivemos pouco mais de um ano da eleição do Fernando I das Alagoas presidente:
"A maioria dos políticos nos decepcionam a curto prazo, poucos a médio prazo e todos a longo prazo".

Dedicado ao casal Jan e Léo, que ainda conseguem arrumar forças para lutar pela qualidade da água que bebemos e pelo ar que respiramos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como dizem os argentinos...

Os argentinos contam uma piada e, quem sabe por ser uma piada argentina nós tenhamos que nos esforçar um pouco para rir, “que num museu brasileiro havia um lugar em branco e ali só não havia um ser humano porque o Brasil era o melhor fabricante de preservativo do mundo".

Alegam que os brasileiros querem ser os melhores do mundo em tudo.

Pode ser que não sejamos em tudo, mas atualmente em vôlei e futebol podemos olhá-los por cima.

E nossas piadas costumam ser mais felizes que as deles; eles fizeram muitas piadas duas semanas atrás e levaram a maior sapatada em Rosário.
Aqui no Brasil a repercussão foi deliciosa: todo mundo tinha um sorriso nos lábios comentando o 5 de setembro.
Tentei encaixar uma conversa que minha tia fez 102 anos naquele sábado e nada; a conversa era só futebol.
Lembrei que um deputado tentou mandar para a Câmara um projeto de lei em 1982 limitando os salários de jogadores de futebol por não admitir que pessoas que nem tinham diploma de primário fossem capazes de ganhar o que ele chamava de “tanto dinheiro assim”.
Esse deputado ficou sem mandato e morreu pouco depois do Lula ser eleito presidente; terá sido tristeza?

O Brasil é assim, movido por paixão e por alegrias dos seus maiores astros.
Está certo que muita gente ficou feliz com o Cielo e a Maurren, mas quer ver o povo sorrir basta um três a um na Argentina. Ou quatro a dois no Chile, ou dois a Zero no Azerbaijão.
Não importa, o futebol ainda é o esporte mais simples de ser praticado por um grupo e o mais festejado mundo afora.

Dedicado a minha tia Corina, por seus 102 anos, e meu amigo Kiko Aizemberg, por sua paixão pelo futebol.









Aceitam um alfajore?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estão voltando as flores.

Adoro a chegada da primavera.

Com essas alterações doidas que o clima de São Paulo vai sofrendo então, as coisas estão ainda mais malucas e as flores começam a brotar antes e depois da estação programada.

Com a primavera vêm os pássaros e seus trinados e as manhãs regadas com a lembrança da marcha-rancho (você sabe que ritmo musical é esse?) de Paulo Soledade, com o mesmo título desta crônica e cujos primeiros versos são um primor:

“Vê, estão voltando as flores,
Vê, nessa manhã tão linda,
Vê, como é bonita a vida,
Vê, há esperança ainda”.

Sim, é quase um hino à esperança, virtude cada vez mais magoada e machucada com notícias que vêm de Brasília.

É voltar nossos sentidos para a alma, regenerar nossa luta e seguir em frente como faz a Natureza, que apesar de vilipendiada, desprezada, cuspida e escarrada, se recompõe com as cores vibrantes do amarelo do camarão...











a exuberância da flor do Jambeiro,











a timidez da flor da cerejeira,











o perfume adocicado da flora de laranjeira



ou do manacá-mimoso que tanto encantava papai.




Aceitam um copo de água pura?

Dedicada aos meus amigos que distribuem Água boa.