quinta-feira, 25 de abril de 2013

Eu e o Rubinho

Depois de muito titubear, vou tirar do forno esta crônica.
Resolvi publicá-la depois do último Grande Prêmio de 21 de abril de 2013, ou seja, vejam há quanto tempo quero contar esta história, escrita depois da corrida do Milhão de 2012, na Stock Car Brasil.


"Não precisa acreditar no que vou contar.
Mas vou.
Há muitos anos que convivi, de uma forma turbulenta, com aquilo que meu amigo Francisco chama de mediunidade.
Convivo, mas não sei lidar com isso.
Tento não dar bola e procuro deixar para lá toda cutucada que esse assunto e suas situações me provocar.

Por anos a fio tive um sonho recorrente: nele um senhor idoso me pedia, insistentemente, que conversasse com a Silvana, mulher do Rubinho, para convencê-lo a usar alguma coisa amarela no seu capacete, pois isso alteraria para melhor sua carreira. 
Isto começou mais ou menos em 1.998.
Não existia uma freqüência específica nesse sonho; podia sonhá-lo duas noites seguidas ou passar uma temporada sem sonhá-lo.
O problema desse sonho - muito estranho, não – era a insistência com a qual o senhor passava a noite inteira me falando. Era uma noite de sono perdida. Acordava exausto.

Nunca tive uma real oportunidade de me aproximar da Silvana até aquele dia 25 de maio de 2012.
Fomos para o autódromo de Indianápolis, Elisa, eu e meus compadres Ana e Roberto. 
Deu tudo errado naquele dia; pegamos um trânsito monumental, quando fomos entrar no estacionamento nos remeteram a uma central que ficava mais adiante, uns duzentos metros, vencidos em qualquer coisa como 15 minutos.
Nossos ingressos, que havíamos comprado no final de janeiro, teriam sido remetidos ao Brasil e sem eles não poderíamos entrar no autódromo. Para consertar isso - os ingressos só foram entregues em agosto - perdemos um bom tempo.
O dia seguiu e nossa programação atrasou. 
Chegamos ao HALL of FAME dentro do autódromo no final da tarde, a tempo de pegar a homenagem que foi feita ao Giafone.
De repente apareceu o Rubinho. 
Ele vinha conversando com uma pessoa e eu só olhei para ele, respeitando sua privacidade.
Pouco depois eu vejo uma moça falando inglês com alguém de nome Silvana.
Estavam bem atrás de mim.
Foi minha oportunidade.
Em poucas palavras comentei o que disse acima sobre os meus sonhos.
Ela sorriu, descrente.
Paciência, deve haver um monte de malucos, como eu, falando um monte de tolices para ela e minha narrativa deve ter sido mais uma.

Interessante foi o meu sonho naquela noite: o velhinho me agradeceu, disse que “tanto ele como eu havíamos cumprido a nossa missão”.
Confesso que foi demais para mim, mas tive uma boa noite de sono.
No dia seguinte, com cuidado, comentei isso tudo com minha mulher e meus compadres que me acompanhavam na viagem. Acho que a reação foi a mesma da Silvana, descontado o fato de todos saberem que eu efetivamente não sou nada normal.

Algum tempo depois comentei com mais duas pessoas da minha família e não toquei mais no assunto.
Hoje, depois da corrida do milhão, me senti meio besta.
Fiquei pensando, e ainda penso, se não teria sido melhor ter comentado isso tudo diretamente para o Rubinho e, mais ainda, se teria sido bom para ele, o que confesso, até eu duvido.
Seja lá como for, essa foi uma passagem bastante excêntrica da minha vida."

Está escrito.

Aceitam um cappuccino?



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Como preparar a mala para viagem longa ou excursão.


Minha sugestão começa por uma experiência pessoal:
Peguei sacos plásticos que envolviam travesseiros,  mais resistentes e separei para o uso.
Depois foi só separar as roupas por tipos: camisas, polos, camisetas, calças e bermudas e fazer pequenos grupos.
Esta roupas, maiores, serão colocadas nos envelopes plásticos, em montinhos, lado a lado.
Lembre de colocar as roupas com cuidado nos sacos/envelopes, para que as pontas e mesmo o miolo não fique amassado ou com vincos.
Com cuidado, dobre para que tudo fique bem compacto e não se mova durante a viagem.

Para roupas íntimas, meias, roupas de banho, use envelopes menores, pois serão muito úteis para preencher os espaços restantes na mala.
Se você levar joias, coloque em uma caixa mais resistente envolva nessas roupas ou use um envelope que não seja transparente. Não sei se ajuda em alguma coisa em caso de furto, mas pelo menos dê trabalho para que seja encontrado. E não se esqueça aonde guardou, senão o trabalho será seu.

A separação também poderá ser feita por previsão de uso, com conjuntos camisa, calça, roupas íntimas a ser usadas a cada dia de uma excursão; e não esqueça de se informar de lugares que são frios do lado de fora e quentes nos interiores.


Nos hotéis ficará mais fácil você escolher qual envelope fica no armário, qual fica na mala.
Se você quiser um vestido ou uma camisa específica, já sabe que não estará no envelope de camisetas.
Também é muito interessante levar envelopes plásticos extras para colocar as roupas usadas, as que serão mandadas para lavanderias de hotéis, etc.
Diga-se de passagem, se você vai ficar mais que dois ou três dias em uma cidade, considere mandar sua roupa para a lavanderia do hotel ou usar uma lavanderia expressa próxima. Sobrará espaço na mala para comprinhas.

Use um envelope de emergência, com uma ou duas mudas de roupa, para colocar em uma mala que não seja a que carrega a maioria delas.
Será fundamental caso você esteja em Lisboa e a companhia aérea tenha mandado suas roupas para Londres.
Aliás, tenha também um muda de roupa na sua bagagem de mão. Vai lá que suas duas malas extraviem.
Estas regrinhas valem também para quem viaja junto com alguém.
Pegue seu envelope de emergência e coloque na mala do parceiro ou parceira. E vice-versa.

Quanto à roupa usada, é bom lembrar três coisas:
Estão suadas e/ou malcheirosas.
E, socadas num envelope, ocupam mais espaço do que deveriam.
Tenha paciência: dobre e coloque a roupa usada no plastico como se estivesse limpa. Sobrará lugar para as comprinhas também.

Se sua mala for razoavelmente vazia, fixe bem os envelopes com as presilhas das malas, ou nada disso será útil.

Bom, siga os passos com as fotos e veja as instruções nas legendas, e boa viagem.


Aceita um cappuccino?


 
Sacos de travesseiros

   
Separar por tipos de roupa: camisas, polos, camisetas, calças, bermudas. 

 
Coloque os grupos dentro dos sacos com cuidado para não amassar.
 
Com cuidado, lado a lado.

  
dobrar com cuidado,
para evitar que as pontas se movam



Voilá!
   
O mesmo se faz com calças e bermudas.
As calças terão que ser dobradas.
Há uma tendência de centro ficar mais alto.
Não se preocupe. 
    
É recomendável que se coloque as calças por baixo. São menos usadas.



Prenda nas presilhas da mala
e use envelopes com roupas íntimas
e meias para ocupar os espaços restantes.

Uma cartolina, dessas que embrulha camisas, pode ser usada para evitar que as roupas fiquem marcadas.

Um envelope com vestidos e roupas mais fáceis de amassar pode ser colocado naquele espaço que tem na tampa da mala. Use a presilha da mala e também pedaços de cartolina, para que fiquem bem firmes. Nenhum carregador terá dó de sua mala.
 
Sapatos e tenis, obviamente, são
colocados em um envelope à parte.
 
Pegue um cooler que feche bem
para colocar champús, desodorantes, cremes.
Dentro dele coloque uma
pequena necessaire com remédios.
Será bastante útil quando você quiser
encontrar um comprimido.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O engano da esquerda.

Sartre dizia que a direita é prática e a esquerda romântica.
Uma forma sutil de dizer que a esquerda é burra e se perde em detalhes como, por exemplo, a já famosa "marcha dos 20", um malogrado ato de repúdio ao ex-presidente Lula acontecido na Avenida Paulista no domingo passado.
Sem entrar no mérito moral dos nossos governantes atuais, passados e futuros, vou direto ao ponto do que quero tratar: assim como eu, a maioria das pessoas que conheço só ficou sabendo dessa manifestação - mal organizada - através de gente da esquerda.
Os blogs e pseudo-blogs de esquerda, espertos, achando que estavam ridicularizando os 20 bobões, publicaram mais a notícia que os jornais declaradamente de direita.

Ao invés de serem práticos e sepultar de uma vez essa droga, ficam se divertindo e caindo em seguidos enganos como, por exemplo, querem atar a "marcha dos  20" ao "cansei", outra iniciativa malograda, pois, além de desordenada, desta vez - principalmente - vários empresários ficaram com medo de sofrerem represálias dos apeados ao poder.
Desculpem minha sinceridade: não vi nenhuma madame desfilando entre os 20. Aliás, todos estavam mesmo mal vestidos.
Lamentavelmente ainda, associaram a Avenida Paulista ao poder financeiro, como se os corintianos não tivessem comemorado seus títulos passeando por ali, só para citar um exemplo de massa.
Então, como diria Xenofontes Azambuja, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".
Enterrem esse assunto e não fiquem dando idéia para a direita se organizar de vez por que, se quiserem eles fazem e invariavelmente o resultado é repressão.

O martelar inconstante desse turma vem de uma realidade no Brasil:
A imprensa é manipulada no Brasil.
Como diria aquela mocinha: "alôoou", a imprensa é manipulada nos Estados Unidos, na Austrália, na Itália, no mundo todo.
A diferença, "gente", é que no Brasil só quem lê jornal é intelectual. A quase totalidade da população, uns 95%, dá outros usos para jornais e revistas e, para esse uso, não devemos nos preocupar.
Esqueçam essa imprensa e não lhes dê repercussão que eles vão se afogar em suas próprias palavras.
Afinal, só no Brasil - e na Argentina - se publica com frequência que aquele anão argentino foi melhor que o Pelé. Você pode levar essa gente à serio? Vá dormir!

Temos dois mensalões recentes que abalaram nossas estruturas:
um de esquerda e outro de extrema esquerda.
Ambas malham ou elogiam alguns ministros do Supremo, particularmente um negro, ora herói, ora traidor.
A extrema esquerda diz ele julga um e não julga outro, como se a falta de julgamento do mensalão de Minas justificasse as mazelas do mensalão de Brasília.
Temos que nos juntar na Praça dos Três Poderes, diariamente, protestando e pedindo cadeia para todos, sem exceção. Afinal, somos honestos e decentes, não somos?
O resultado prático dessa briga boba foi a quase eleição de um bonequinho, filhote do maior corrupto da politica brasileira dos últimos 50 anos, como prefeito de São Paulo.
Abram seus olhos e não se deixem manipular pela direita. E pela esquerda também.