sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sem pedir nada em troca

A primavera está chegando com o tempo seco e áspero.
Apesar disso, sempre espero com ansiedade essa época, quando a floração explode nos jardins e as plantas avisam que trarão frutos.

As cerejeiras, laranjeiras, o jambo, o maracujá, todos brigam por chamar nossa atenção e por querer mostrar-se mais belo que o vizinho de jardim.




Esta é a Brunselfia uniflora ou Brunselfia grandiflora ou ainda Brunselfia hopeana.
Muitos nomes para uma planta com alguma variação em suas espécies na consistência de suas folhas, e um ponto em comum:
Flores azuis ou azuis-arroxeadas, depois lilases ou rosas e finalmente brancas.

No Brasil o chamamos de diversos nomes como de Manacá-de-cheiro, Manacá-cheiroso. Eu prefiro o nome que meu pai ensinou: Manacá-Mimoso.

Chamado de “Ontem, hoje, amanhã” em países da Europa e América do Norte, tem um ciclo de vida interessante:
Na sua juventude azul ele retêm a maior parte do seu perfume, como se quisesse ter a atenção de todos;
No seu tempo maduro ele se transforma num ser perfumado, embriagador, conquista quem está a sua volta;
Na sua velhice, como acontece com os cabelos humanos, liberta ainda mais seu perfume, como se fosse nosso avô ou avó, que só entrega amor, sem pedir nada em troca.

Gostaria de ser assim, amar incondicionalmente e fazer que, a minha volta, todos se sentissem felizes como me sinto ao lado do pequeno manacá.





Enquanto amadureço, aceitam um cappuccino?

Dedicada a minha flor amada que chegou às vésperas da Primavera.