quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fico Pensando

Para minha grande tristeza, a bronquite que me afligiu a infância inteira foi grande impeditivo para que praticasse qualquer esporte aeróbico.
Como parte do texto do meu destino, junto com meus genes vieram uma gana desgraçada por qualquer jogo que tenha uma bola; golfe, futebol, tênis, basquete, vôlei, tamboréu, pingue-pongue, badminton e por aí vai.
Aprendi a nadar pelas boas mãos de um primo aos 17 anos e aí eu tive um consolo: meu amigo Julião era um ano mais velho que eu. Ou seja, natação para nós só foi um jeito de ficarmos acima da água, competição jamais.
Para completar a escrita, adquiri uma lesão nos dois braços e, desde então, reservei-me ao direito de somente comentar o que vejo, inúmeras vezes enxugando a bába invejosa que escorre pelo canto da boca.

Talvez seja por isso e pelo ditado popular que “algumas cobras ganham asa e não sabem o que fazer com isso”, eu fico tremendamente inconformado quando vejo notícias, a exemplo da que consta do noticiário de hoje, que uma nadadora de ponta do Brasil estará fora do Campeonato Mundial “por um descuido, uma bobeira”.
Ela recebeu uma amostra grátis e provou sem ler a bula ou o descritivo do que continha aquilo que ela comia e, tchan tchan tchan tchan, continha Metilhexanamina, da classe S6.b, Estimulante, item proibido para atletas.
Meu Deus!!!
Longe de fazer um mau juízo, não acredito no uso voluntário da substância, acho imperdoável esse descuido.
Já tivemos gente fora de competições por chás, pomadas, remédios.
É um descuido imperdoável, ficaremos sem alguém que, certamente, estaria nas finais do torneio, assim como já ficamos sem nossa medalhista de ouro em uma Olimpíada.
Tenho uma sugestão para o próximo atleta que for pego pelo antidoping:
fique calado, se esconda e mande o técnico ou o relações públicas informar que “o atleta está chorando trancado no quarto, morrendo de vergonha da bobagem que fez e pede encarecidamente que esqueçam seu nome, seu rosto, seu passado”.
Para os demais atletas, por favor, se lhes mandarem uma amostra grátis qualquer, joguem no lixo e tomem um cappuccino. Se precisarem de companhia nessa hora, eu vou.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Meu querido amigo Waldo.

Neste final de semana que passou, perdi um grande amigo e o mundo perdeu um grande homem:

Dr. Waldo Norberto dos Santos Cantagallo.



Conheci Dr. Waldo na AABB, numa época que precisávamos de alguém muito competente para cuidar do Departamento Jurídico. Ele estava à frente do Departamento de Patinação, cuidando do desenvolvimento de suas filhas e das demais crianças que adoravam esse esporte que, recentemente, nos trouxe várias medalhas do Campeonato Brasileiro.

Com seus préstimos profissionais, ajudou nosso clube a implementar uma nova política de Recursos Humanos profícua, de grandes resultados para nossa Associação.

Pai primoroso, foi meu amigo e conselheiro particular, pessoa incomum, sem desafetos.

Estou triste por essa partida para lá de inesperada.

Espero encontrá-lo, um dia, na Eternidade, e colocar nossa conversa em dia por lá.

Meus sentimentos à nossa querida Maria Inês e aos filhos do casal.

Reitero meu pensamento que os melhores vão primeiro.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Parati, Petrópolis e Rio de Janeiro, breve.

Um breve relato sobre nossa viagem rápida aos lugares acima.
Nossa visita a Parati começou com uma grande aventura: fomos pela estrada que passa por Cunha, a Estrada Real que, ao entrarmos no Estado do Rio de Janeiro, passa a ser um conjunto de pedras lisas e buracos, ladeada por barrancos e precipícios, além de um lamaçal medonho em função da umidade local ser muito alta e a manutenção da estrada inexistente.
Confesso que pela primeira vez em minha vida, sofri ao volante.
Foram nove quilômetros e oitocentos metros vencidos em mais de duas horas, com seguidas batidas do protetor do carter nas pedras do caminho, o carro tombando de lado, que nos dava a sensação que iríamos capotar, simplesmente.
Quase ao final da tormenta, faltando dois quilômetros para voltarmos ao asfalto, encontramos uma cabana com uma placa escrita “Apoio ao Turista”, um apoio moral e alcoólico, pois nem consertar um pneu era possível.
A figura que ali estava nos falou várias vezes para relaxar, disse que não precisava consumir nada e me mostrou onde o asfalto recomeçaria.
Após deslizar mais ou menos um quilometro encontrei uma ponte caída e um desvio feito por três placas de concreto à esquerda da ponte, aonde mal e mal passava o carro. Passei direto pela pinguela preocupado em não cair no rio e em não bater numa enorme pedra que fica em frente à pequena ponte, que aparece na foto coberta por uma folhagem verde.
Aliás, tirei fotos do lugar para registrar para sempre a minha insanidade.

Ficamos no Coxixo, que não é mais da Maria Della Costa e agora se chama Pousada Literária.
Maria é uma grande artista, mora ao lado do hotel e tivemos a alegria de visitá-la na manhã de sábado. Foi uma conversa para lá de agradável e muito gratificante.
Ela é uma mulher incrível.
Ainda haverei de publicar uma crônica só para ela. Por agora posso dizer que ela foi uma anfritriã amável, nos brindou com um livro sobre sua vida e nos mostrou coisas fantásticas, como a estátua que Victor Brecheret lhe fez na ocasião em que interpretou Joana D'Arc em "O Canto da Cotovia".
A viagem já valera a pena.

À noite saímos para passear pela cidade, com muito gosto, e jantamos no Margarida Café, ouvindo a cantora Maria Marta, de voz agradabilíssima.
Deixa o bom restaurante muito melhor.


Aviso aos navegantes:
tenho dicas fabulosas sobre onde não comer e, principalmente aonde comer em Parati.


O dia seguinte foi para descobrir Parati, rever e pisar suas pedras, sua História.
Nas ruas de Parati é possivel encontrar muitos músicos, alguns cheios de talento como a dupla ao lado.
Às vezes eles estão dentro das casas, como o Osmar da flauta, que espalha uma música suave a partir das janelas da Casa da Música.


E sobra talento entre os artistas plásticos, como vimos no Ateliê de Lucio Cruz, com quadros e máscaras incríveis, e o Noca, cicerone alegre, culto e simpático.


Parati é uma maravilha.


Nossa viagem para Petrópolis começou como uma corrida de obstáculos. Coitada da Elisa, quantos sustos! Uma hora um pedestre bêbado, depois dois ciclistas em tempos alternados, praticamente entraram na frente do carro com a mínima chance de brecar e desviar.

Chegamos a Petrópolis no final da tarde, ainda a tempo de visitar o Museu Imperial.
O sol se põe cedo na cidade e o passeio noturno foi feito sob grande frio.
No segunda-feira Petrópolis fecha para balanço e nós aproveitamos para irmos até Teresópolis visitar, entre outras coisas, a sede da CDF.
A Estrada Petrópolis Teresópolis está em obras e ficamos parados várias vezes, tranquilos, apreciando a vista.
De volta a Petrópolis visitamos a Casa da Ipiranga, também chamada de Sete Erros.
No dia seguinte encontramos uma figura muito conhecida em Petrópolis, o Bento Junior, ex-jogador de futebol da cidade que também jogou em Portugal, agora guia turístico.
Ele fez de nosso passeio uma visita muito proveitosa, um mergulho na nossa História, que incluiu conhecer a “Encantada”, casa do Santos Dumont que, para mim, foi o ponto alto da visita a Petrópolis. Gostei mais dali que do Museu Imperial.

Sobre Petrópolis tenho que ressaltar uma coisa negativa: gostaria de poder escrever com todas as letras o nome do restaurante aonde, à tarde, eu vi o pessoal da cozinha reaproveitando a salada que havia sido deixada por uns clientes que alí haviam almoçado. Mas eu posso contar numa conversa particular.

Após Petrópolis, visitamos a Igreja da Penha, no Rio de Janeiro, para cumprir uma promessa minha. É fato que nos perdemos no caminho, para variar, mas chegamos lá, subimos os 365 degraus e visitamos a igreja.
Uma maravilha. Que igreja linda e que visão fantastica da Cidade Maravilhosa.
Como estavam gravando uma novela, O Astro, ficamos retidos lá no alto até que a Regina Duarte desse o beijo no galã.
Descemos a pé, porque o bondinho que pretendíamos pegar foi sendo ocupado pelos equipamentos da Globo, jogados NO meu pé pelos técnicos da emissora, sempre grosseiros.

Não foi o sufuciente para nos aborrecer e ainda deu tempo de uma escala técnica na Confeitaria Colombo, onde tomei meu tradicional cappuccino.

















Aceitam um?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A absoluta ineficiência da Eletropaulo

Vivo em um bairro arborizado - Graças a Deus - e a alguns moradores que prezam e preservam suas árvores quase como um troféu.
O Poder Público passa longe daqui o tempo todo; às vezes agradecemos por isso e outras padecemos.
Tanto a Eletropaulo quanto a Prefeitura não fazem manutenção preventiva nas árvores e, qualquer chuva de vento é suficiente para que um galhinho qualquer toque na fiação e ficamos sem energia elétrica.
De imediato mando meu torpedo para o 27373 avisando da queda da energia e ficamos horas aguardando que um emissário da Eletropaulo venha restabelecer o fornecimento.
Horas!
O pessoal chega, corre a rua de carro olhando os fios e religa a luz numa operação que não dura mais que três minutos.
Horas para essa complexidade toda.


Anteontem aconteceu a falta de energia pela primeira vez às 11:30 e a luz foi restabelecida às 15:00.
Depois novo caiu às 18:13 e só tivemos a energia de voltou ontem às 16:13. Para combinar.
A desculpa de anteontem e ontem - sempre há uma desculpa - foi o vento excepcional.
Faço três perguntas:
1ª As equipes de emergência não deveriam estar dimensionadas para qualquer emergência?
2ª Você sabia que depois da privatização da Empresa essas equipes foram reduzidas a menos de um quarto do que eram? (informação que já obtive há mais de um ano; pode ser que o quadro esteja ainda menor).
3ª Se a Eletropaulo ainda fosse estatal, você não estaria ouvindo pela mídia toda que ela seria ineficiente por ser do governo e precisaria ser privatizada?

E saiba de mais um detalhe cavernoso: A Eletropaulo vai abater o tempo que faltou luz somente daqui quatro contas. Isso mesmo, contas.
Da última vez que faltou energia em três dias seguidos e numa dessas ocasiões por mais de oito horas, o abatimento foi de R$1,25.
Então, pegue sua conta e repare que existe um quadro onde se informa quantas vezes se ficou sem luz no período, tempo de interrupção, etc. Veja que o critério, se assim pode ser chamado, é alterado mês a mês e não existe uma lógica para quem é um consumidor simples, como eu, por exemplo.
Terrível!
Mais um detalhe bastante cômico, que meus patrícios certamente morreriam de rir: quando se consegue falar nalgum dos vários 0800 – ontem não se conseguia falar nem com a Ouvidoria – a simpática atendente eletrônica informa que você pode entrar em contato com a Eletropaulo TAMBÉM ATRAVÉS DA INTENET!!!
Como vou utilizar a internet sem luz, ora pois?!
Enquanto isso nós vamos cotando valores de geradores e somando gastos para podermos manter a casa dentro da normalidade que é hoje nosso mundo.
Infelizmente perdi a despedida do Ronaldo Fenômeno na seleção e a noite teria sido completamente perdida se não fosse a minha mulher chamar para uma pequena conversa a dois. É, não foi tão mal!
Mas não precisávamos ficar vinte e duas horas sem energia elétrica para isso. Graças a Deus de novo.

Agora que voltou a energia, aceitam um cappuccino?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

OUTRO DESLIZE DO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO

O jornal Estado de São Paulo está lançando mão de um recurso muito baixo para quem se propõe defender a liberdade de escolha, o certo e o correto:
lança um DDA na sua conta-corrente sem contato ou aviso prévio.
Para você correntista não existe a opção de mandar estornar o débito de algo que você não pediu ou não comprou; resta-lhe somente entrar em contato com o jornal.
Então começam as dificuldades:
Não se acha com facilidade o telefone exato para se ligar e depois que se consegue um número, existe um sem-número de opções que você tem que ouvir pacientemente enquanto a companhia telefônica vai enriquecendo.
Nada de ligação grátis nesse caso.
Se você não acertar a opção, a ligação é encerrada, simplesmente.
Finalmente você consegue descobrir a opção desejada, aguarda ainda por mais ou menos quinze minutos para que um atendente lhe informe que se trata de uma “degustação” do Jornal.
Não entendi: estaria ele sugerindo que eu almoço ou janto papel? E ainda por cima papel de jornal ?

Vamos aos fatos:
Isto fere completa e frontalmente o Código de Defesa do Consumidor: caso quisessem mandar esse jornal reacionário – que durante a ditadura publicou que a atriz Maria Della Costa estava escondida em Parati – como cortesia, deveriam fazê-lo DE GRAÇA.

Querem saber de mais uma: o atendente Carlos Alberto me disse que o jornal estaria sendo entregue em casa desde terça-feira, outra mentira.

E ainda queria meus dados completos para mandar cancelar aquilo que eu não pedi ou não quis comprar!

Definitivamente esse pessoal não será convidado por mim a tomar um cappuccino.