sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Maladragem no BRASIL é mato

Como funcionário do Banco do Brasil vejo sempre com muita tristeza a manipulação que se faz ao pregarem a sua privatização como fórmula de evitar que políticos gananciosos lancem mão dos seus tesouros, tal como fizeram o fundador do Banco, Dom João, e seu filho Pedro I.
Fazia-se uma piada, usando como mote uma propaganda de uma marca de uísque nacional: “Roubado de pai para filho desde 1808”.
Recentemente o honesto senador Aécio Neves e alguns outros iguais a ele lançaram uma campanha visando colocar nas Entidades de empresas estatais seus apaniguados ou asseclas.
Como sempre se justifica muito bem colocar a mão no dinheiro alheio, sugere-se que empresas especializadas escolheriam esses dirigentes que melhor gerariam as empresas, sem viés político. 
Uma ova.
O único detalhe é não existir empresa no Brasil capaz de indicar dirigentes para, por exemplo, a PREVI.
Outro detalhe é perguntar se alguém que vai gerir um patrimônio de 168 bilhões vai se contentar com o salário de R$50.000,00. Algum altruísta, quem sabe?

Em nenhum estágio da política brasileira se consegue apontar alguém fora do alcance da bandidagem.
Vejam o que acontece no Rio de Janeiro onde uma gangue se instalou na Assembleia Legislativa no longínquo governo do Brizola e se mantem lá, roubando de pai para filho, desde então.
Ou na cidade de São Bernardo, onde o prefeito e sua gangue roubaram milhões ao construir um emblemático Museu do Trabalhador. Foram parcos 16 milhões de Reais. Imaginem se tivessem 168 bilhões à sua disposição?

Está muito claro que não são as estatais os problemas; afinal o privatizado aeroporto de Cumbica tem dirigentes com a mão na cumbuca.
Ou deputados que receberam dinheiro da privatizada Vale do Rio Doce se lambuzaram a mão e mantém a empresa longe de indenizar pessoas que perderam tudo e não têm sequer uma foto de aniversário ou casamento por conta da ruptura da barreira que danifica até com Abrolhos.

Vamos nós abrir os olhos e não cair na cantilena fácil de quem quer acabar com as raras riquezas que temos no país.


Aceitam um cappuccino?