sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A Ignorância nossa de cada dia e o índice de maldade do Brasileiro.

No ano passado faltavam vacinas para a febre amarela em Minhas Gerais, mas um espertinho arrumou um jeito de tomar a vacina três vezes, para ter certeza que ficaria imune. Resultado, morreu, pois a vacina de febre amarela é um vírus vivo atenuado.

Da mesma forma, essa vacina não é indicada para bebês e idosos, pois a capacidade de reação ao vírus para essas pessoas é menor.
Como vejo telejornais o dia todo, veio a cabeça a ignorância de três casos, o que me faz preocupar muito com  resultado das mossas eleições. O brasileiro é extremamente egoísta.

O primeiro caso foi um habitante de São Paulo, fora da chamada área de risco, que levou sua mãe até Mairiporã, cidade vizinha onde o risco de contrair a doença é enorme.
Assim como esse espertinho, milhares de outros espertinhos tiveram a mesma idéia, e acabou a vacina em Mairiporã, prejudicando seus habitantes que estão, efetivamente, em risco.
Aí, quando a repórter – tolinha – se aproximou dele, ele se queixou que sua mãe de 94 anos aguardava no carro.
A semana toda reportagens mostraram que é perigoso o idoso tomar a vacina, mas não adiantou:
“Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.

Uma outra espertinha que também foi a Mairiporã, com um bebê no colo, ao ser barrada e informada que só moradores da cidade seriam imunizados, alegou que a vacina não era municipal e sim nacional.
Errado senhora egoísta; a vacina se destina à população daquela cidade que está em risco e a senhora só ficou em risco ao ir à Mairiporã.

A última maldade do dia veio num jornal da tarde. Após noticiar que um idoso de 76 anos – aquele que não deveria receber a vacina – morreu por ter contraído a febre após de vacinar, a âncora questionou “ se o idoso havia sido informado do risco? ”. A família, correndo, disse que não.
Mais idiota impossível. Estão quebrando portões, invadindo UPAs, e o funcionário vai ter como discutir o risco e – provavelmente – apanhar dos parentes?
Se tivesse sido alertada, iria adiantar ou e idoso iria exigir sua vacinação?
Será que essa âncora desconhece a ignorância e maldade do povo brasileiro, que é notícia no jornal dela o tempo todo?

Por isso que nos damos mal nas eleições: sempre votamos num Messias e esperamos que essa pessoa conserte o pais, pois nós brasileiros não fazemos a nossa parte.

domingo, 7 de janeiro de 2018

DEIXA DE SER BESTA: MULATA NÃO VEM DE MULA!

É certo que nós temos várias expressões na Língua Portuguesa que tem conotação racista, mas não são todas essas que se pede para varrer para fora de nossa linguagem.
Por exemplo: judiar, efetivamente, vem de machucar o judeu, ato que se fazia para transformá-lo em cristão. Com o tempo a palavra perdeu essa conotação e passou a ser usada quando se machucava propositalmente alguém ou algum animal.

Também temos expressões segregacionistas como boçal, imbecil ou idiota, palavras que há pouco mais de um século eram usadas para definir um deficiente (ou débil) mental. Assim como outras expressões malvadas, foram perdendo sua característica original e virando uma corruptela.

Então vamos limpar a área de expressões que algum idiota literário resolveu que seriam originárias com conotação racista.

MULATA: é a campeã da bobagem.
Dizem que é ofensivo por vir da mula, cruzamento de cavalo com besta ou égua com burro.
Pois é, burro foi quem associou a isto, pois na verdade a expressão vem da cor de uma batata portuguesa usada para assar – chamada MULATA – que, assada, adquire um tom que se assemelhava ao da pele de uma criança de alguém da raça negra com a raça branca.
Simples assim.

A COISA ESTÁ PRETA, por exemplo, não vem do racismo e sim da peste negra ou da gangrena.
É uma expressão que vem da Idade Média, quando a peste escurecia a pele das pessoas ou a gangrena produzia aquele grená escuro que resultaria, fatalmente, na extirpação do membro gangrenado. Significava um problema, só isso.

NOITES NEGRAS: Também é uma expressão da Idade Média.
Acredito que tomo mundo já viu um filme ou leu um livro onde alguém do alto de uma torre ou muralha, diz: “Meia-noite e tudo vai bem”.
Pois é, esse vigia conseguia ver os campos e as cercanias do castelo com a luz da lua. A falta de claridade produzia uma noite “escura como o breu”. Era uma noite em que tropas inimigas poderiam avançar sem serem vistas.
Também era usado por vigias do caralho, que avisavam o capitão do navio que a noite escura levava a nave para uma rota que não se podia ver.

É  daí também que vem o verbo DENEGRIR, tornar GRIS, aportuguesamento de CINZA em francês.
O céu se tornava de cinza a cinza escuro até se perder a vista do horizonte.
Todas as demais associações feitas a essas palavras foram posteriores.
Assim, quem tinha a imagem denegrida, a expressão mais usual, significava que tenha uma mancha na sua vida, um pecado público. Era muito aplicada a senhoras que haviam traído seus maridos. E basta.

MERCADO NEGRO também está associado à noite sem lua, pois era quando, em tempos imemoriais, se fazia contrabando. Nada mais que isso.

OVELHA NEGRA produzia uma lã rara, mas sem valor, pois não se usava entre as cortes, lá na Idade Média, lã que não fosse branca. Então essa ovelha tinha que ser apartada, para não cruzar acidentalmente e produzir mais lã recusada pelo mercado.

Mais uma que acho que deve ter alguma consideração, é o famoso lápis bege, ou COR DE PELE. Foi criado numa associação à pele branca. Deveria ter lápis associado à cor de pele de gente ruiva? Sim, é claro, da mesma forma que gente negra, oriental.

Li também em algum lugar que DOMÉSTICA e MEIA TIGELA são expressões racistas.
ERRADO.
Doméstica é uma expressão segregacionista, pois igualava quem trabalha nessa profissão a um animal doméstico.Porém, com o passar do tempo e a aquisição de direitos por essas empregadas, hoje é uma profissão regulamentada e, certamente, perdeu a conotação de origem.

MEIA TIGELA está longe de ser alguma expressão racista; era aplicada a escravos não cumpriam sua meta de produção, recebendo metade da ração.
Mas esses escravos eram desde os hebreus, nos tempos de faraós, àqueles que foram traficados para o Brasil.

Quase terminando vou para a expressão usada no título: BESTA.
As feministas poderiam se queixar dizendo que é ofensivo às mulheres, pois se dizia “deixa de ser burro” para homens, com o passar do tempo, “deixa de ser besta” para as mulheres. Se é para levar tudo à ferro e fogo...

Não quero terminar minhas considerações sobre esse assunto em levar em conta a expressão NEGA ou NEGO.
Essa é uma das riquezas que os negros colocaram na nossa Língua. Minha Nega ou meu Nego é uma expressão de carinho.
Chamo minha mulher de Nega há mais de 40 anos e não vou abrir mão disso porque algum trouxa possa se sentir ofendido.


Aceitam um cappuccino?

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O que fazer com sua passagem aérea em caso de nevasca.

Algumas informações sobre alterações de voos devido a acontecimentos inesperados.
Sabe quando você compra uma passagem com muita antecedência para fazer economia e chega na hora não dá para viajar porque o aeroporto na Europa ou Estados Unidos está fechado por uma nevasca?
Sinto dizer que você dançou.
Isto porque as Companhias Aéreas fazem o reembolso integral do que você pagou, caso sua viagem não tenha sido iniciada.
Aí, se o aeroporto abrir dois dias depois, o preço da passagem será – infelizmente para você – sem promoção e muito mais caro.
Tem como reclamar?
Claro que tem, mas não vai resolver nada além de chorar abraçado ao travesseiro. Os atendentes das Cias. Aéreas estão treinadíssimos para todos os desaforos e ameaças. Inclusive aquela de que você vai ao PROCON.

Algumas companhias – poucas – tentam colocar os passageiros em outros voos, mas isto não vai ressarcir seu gasto com hotéis, traslados ou excursão marcada.
Qual a solução para isso?
Além de chorar, se for fazer uma excursão, a sugestão é sempre chegar com um ou dois dias de antecipação ao início. Assim, caso aconteça algum imprevisto a Operadora poderá conseguir adiar a excursão.
Mas sempre terão multas ou taxas administrativas.

E o que acontece quando o aeroporto fecha por questões de segurança - como aconteceu recentemente em Paris – e você perde a conexão ou qualquer coisa assim?
Assim como acontece quando o mau tempo te impede de voar depois de já iniciada a viagem, colecione os recibos de tudo: lanche, hotel, táxi e pode até colocar o que você pagou para ir ao banheiro. É normal a Companhia Aérea se antecipar e mandar uma mensagem pedindo que você informe os gastos e a conta a ser creditado o valor.

E outros problemas, como falecimento de pessoa próxima ou algo inesperado com sua saúde?
Bom, se você não tiver um seguro de viagem que cubra essas despesas, vai depender muito da Companhia Aérea.
Por isso que eu não recomendo que voar pela Air Europa, por exemplo.
E infelizmente várias Aéreas nacionais – ou quase – estão indo pelo mesmo caminho: ressarcimento, com taxa administrativa, somente em caso de falecimento. Caso contrário, a multa é de €200, mais taxas administrativas.

E aí, como nossa Justiça é aquela porcaria, mesmo que um Tribunal de Pequenas Causas determine o pagamento, as companhias recorrem. Como o STF está preocupado em julgar deputados ou visitar cadeias em Goiânia, já viu.

Aceitam um cappuccino?