terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AABB São Paulo - 76 anos

No caminho o trânsito pesado é amenizado pelos Ipês Rosas em flor.
Seu terreno já foi um sítio e o fim do caminho de pioneiros.
Hoje é uma ilha verde no meio de ocupações irregulares incentivadas por uma política irresponsável.

Em frente a sua entrada social temos um Hibisco com suas flores rosas abertas, preguiçosas, e eu me lembro que o papai chamava essa planta de Sapateira, por que usava suas folhas para dar lustro aos sapatos.

Seus caminhos são sutis, floridos e sombreados onde, às vezes, não se vê o céu.
Em suas alamedas encontram-se Quaresmeiras e Ipês Amarelos em florações esperadas.

O jardim japonês traz a serenidade das lendas orientais que temos na memória.
O Clerodendro Perfumado - Clerodendron fragans vent,
exuberantemente ao longo da entrada da primavera, observa, com a Fofinha, as carpas nadarem placidamente.










Suas Paineiras - Ceiba glaviosii - fazem nevar os caminhos de agosto com plumas que lembram o amor de um homem e vão com um sopro.







A Castanheira - Castanea sativa - me dá sombra e imaginação infantil, moleca, do tempo em que, com meu amigo Julião e meu mano Eduardo, sonhávamos construir fortes e casas de madeira em árvores altas e de lá observar, absortos, o mundo desfilar em sua pressa ou pausa.

Ao lado a floração da Sibipiruna - Caesalpinea pluviosa - deixou um tapete amarelo junto ao banco onde descansa a flor mais bela do clube.









As pétalas do Jacarandá - Jacaranda mimosifolia - forram o chão dos brinquedos infantis e me dá vontade de rolar pelo chão.











Com a floração dos Agapantos - Agapanthus africanus - a primavera se despede de nossos olhos e de algumas das imagens recentes que eu compartilho com vocês.


Ipê Rosa - Tabebuia rosea, Maria sem-vergonha - Impatiens, Hibisco - Hibiscus rosa-sinensis

Quaresmeira - Tibuochina granulosa e o Ipê Amarelo - Tabebuia chrysotricha







Com a chegada do verão se bronzeiam ou exercitam corpos, corre-se atrás de bolas de diversos tamanhos, bailam dançarinos, livros são lidos à sombra.

Muda o ritmo de tudo, exceto dois detalhes: as tardes dos sábados e domingos.



Sábado, em torno do meio dia, a conversa mineira com nosso amigo Antonio Torres Sobrinho.








Ao final do dia do Senhor somos agraciados, no Saguão Social, com os sons do ensaio do Coral regido por meu amigo Urban.








Coral da AABB - foto de Ângelo Dimitri


Esta é AABB São Paulo que, em 28 de setembro, completou 76 anos.

Que tal comemorar com um cappuccino na Maria?



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um engodo repetido

Formulei uma queixa no CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária que, ainda pense não terá efeito algum, pelo menos serviu para registrar minha indignação.
Vocês devem ver regularmente propagandas, principalmente de automóveis, que, ao final, aparecem por um ou dois segundos uma série de restrições que devem desdizer ou restringir tudo que lhe foi informado.
Esses dizeres ferem o Código do Consumidor ao serem colocados com letras minúsculas, o que, por si só, já é um engodo. Vejam nas fotos abaixo a enorme desproporção entre as palavras que compõe a marca e as letrinhas das mensagens.
Uma pessoa razoavelmente letrada – talvez seja meu caso – ainda que tenha uma leitura boa e rápida – como é meu caso – levará pelo menos quinze segundos para ler todas as informações ali contidas. Mas isso é impossível: a imagem some logo depois de surgir na tela.

Fico me perguntando por que há tantos anos essa prática espúria consegue se manter viva, sem uma ação contundente do CONAR, PROCON ou Ministério Público.

Só quando o incauto consumidor chega ao antro dos pilantras, alcatéia faminta ou pátio dos leões, fica sabendo que aquilo que viu na televisão “não é bem assim”. Mas aí ele já está cercado de predadores extremamente preparados e treinados para efetuar a venda de qualquer forma.
Ele está lá por que quer comprar; está fragilizado e os vendedores sabem disso.

Vejam alguns casos que selecionei a esmo:

PERNAMBUCANAS
Tempo de exibição da mensagem: 2 segundos.
Número de linhas: 10 além do título.

Texto:
Preços: à vista, ilegível ou dinheiro; a prazo: pelo Cartão Pernambucanas, com até 30 dias para pagar, sem acréscimo. Condições: até 10 vezes (1+9), sem juros, no Crédito Pernambucanas, válida somente para produtos anunciados com ilegível condição. Crédito sujeito a aprovação, valor mínimo por parcela R$5,00.
Depois disso disserta sobre as condições para abertura de crédito, os índices de juros e IOF, Tarifa de Ressarcimento (?), Estoque de peças (3 por artigo), período da campanha e telefones da Central de Atendimento e Ouvidoria.

Já as fábricas de automóveis colocam sempre o símbolo do IBAMA, para induzir o consumidor a creditar que o carro não polui.

RENAULT
Tempo de exibição da mensagem: menos de 2 segundos.
Número de linhas: 10, além do título.

Não consegui entender nada o que estava escrito. A foto está aí, fique à vontade.




CHEVROLET
Tempo de exibição: inferior a um segundo.
Número de linhas: 9, além de dois títulos e subtítulo.

Texto:
Cálculo efetuado para um veículo Celta 1.0 Life Flexpower, 2 portas, pacote PtA, ano de fabricação 2010 e ano de modelo 2011, com preço promocional à vista a partir de R$23.990,00 ou através de plano de financiamento sem entrada, em 60 parcelas mensais de R$599,50, e taxa de 1,28% a.m., CET: 10,00% a.a, com valor total financiado de R$35.010,00. Depois fala de Plano de financiamento, validade da oferta para ontem e hoje, (9/12/2010 a 10/12/2010 e outras coisas ilegíveis e os telefones de praxe.


FORD:
Tempo de exibição: 2 segundos.
Número de linhas: 16, além do símbolo, título, subtítulo de duas linhas.

Texto: “Promoção ‘Quem tem está se dando bem’ (válida até 12/01/2011) ou enquanto durar o estoque – 100 unidades Ford KA” e por aí vai.







16 linhas, 2 segundos.
Nesse tempo talvez só consiga dizer:
E agora, que tal se fossemos tomar um cappuccino?



Dedicada ao meu padrinho Antonio João, um homem que luta pela decência neste país, por seu aniversário.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Algumas pessoas não mereceriam a senilidade.

Faleceu Tia Corina, a pessoa mais longeva que conheci.
Viveu 103 anos, a maioria deles de forma alegre.
Era a primogênita e, por isso, recebeu as benesses que a cultura do começo do século passado dava à primeira filha: aprendeu piano, tinha estudos mais sofisticados, abria as portas para o caminho dos irmãos mais novos.
Era ela que animava as festas dadas no salão da casa que já retratei neste blog.
Veio para o Brasil com 20 anos, aqui viveu 83 e não deixou o sotaque português nem por um segundo.
O namorado deixado em Portugal ainda tentou reatar o romance, mas não deu certo e ela permaneceu solteira até a morte.








aos 98 anos

Infelizmente a degeneração provocada pela senilidade a atingiu há alguns anos e, além de torná-la uma pessoa que vivia uma realidade diferente daqueles que a rodeavam, nos fez perder seu maior tesouro: os pastéis dominicais que nunca chegavam a esfriar e eram devorados por uma vasta legião de fãs.
Quando fez 100 anos dançou com todos os sobrinhos e, no dia seguinte, se queixou que estava com uma dorzinha nas pernas e não sabia o que tinha acontecido.










Com Mimi, Marilia e Américo e dançando com Roberto.

Ainda que fosse uma pessoa serena, não era mais responsável por seus atos e isto provocou um desgaste muito grande nas pessoas que conviviam com ela ao reescrever sua história de vida.
Foi mais uma pessoa alegre que deixou a vida em uma fase ruim.
Para mim que, longe dessa convivência desgastante, aproveitei os melhores anos e pastéis com essa adorável Tia, fica a saudade e o desejo que tenha, mesmo, um bom caminho para a Eternidade e o desfrute dos seus e do Deus em que ela sempre acreditou.

A benção tia, espero que, caso seja possível nos reencontrar desse lado, se possa fazer pastéis.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Duas matérias emblemáticas

Ao abrir uma página da internet no dia de hoje, vi duas matérias que me chamaram a atenção:
A morte do Harry Potter;
E a eterna luta dos nossos representantes no Legislativo e Executivo em descobrir caminhos que retire dinheiro do nosso bolso e coloque nos bolsos deles.

Começando pelo segundo assunto, deputados e senadores sempre aproveitam esses meses após eleições para tentar enfiar a faca em nossas finanças, com o uso da força dos votos dos reeleitos e do “salve-se quem puder” dos preteridos das urnas.
Acho que de salário o pessoal do Executivo recebe mal. Mas todos recebem benefícios exagerados, principalmente os legislativos.
Os Ministros de Estado estão recheando seus salários com participações em Conselhos de estatais, uma medida esdrúxula.
Faz-se necessário um estudo apurado cogitando aumento nos salários de Presidente, Governadores e Prefeitos, aos Juízes e Ministros do Supremo, mas também se faz necessária uma grande profilaxia, reduzindo benefícios de Senadores, Deputados e Vereadores.

Por falar em Lado Obscuro da História, a vitória das Trevas sobre Harry Potter me faz refletir, com tristeza, que o mundo está optando por um pragmatismo derrotista, ao invés do utópico vencedor.
Nas histórias e contos de antigamente sempre se tinha a expectativa que o Bem venceria o Mal.
No caso do pequeno mago, a morte de Harry Potter vai acontecer por dois motivos básicos:
- A autora Joanne K. Rowling havia planejado sete histórias com o maginho e não quer que haja seqüências feitas por aproveitadores desonestas, que pegariam uma carona com seu sucesso.
- O mesmo raciocínio se aplicaria ao Cinema e a série de filmes se encerrará no oitavo. Oito filmes para sete histórias? Sim, o último livro contém tanta informação que a história será desdobrada.

Por um lado será um alívio não assistirmos filmes como “Harry Potter em Nova Yorque” ou “Um americano em Hogwarts”.
Por outro, a magia do Pequeno derrotando o Grande, do Bem vencendo o Mal, estará perdida para toda uma geração que fez filas e mais filas a espera de uma nova aventura dos pequenos magos que, até o último capítulo, superou "aquele que não se diz o nome" com maestria.
Uma pena.

Aceitam um cappuccino?

Perdas e ganhos no esporte

Não sou daquele tipo que vice-campeonato não deve ser comemorado.
É lógico que fico muito chateado com a derrota na partida final de um torneio ou ao final de uma competição.
Mas logo passa e faço uma análise como, por exemplo, o que aconteceu no Mundial Feminino de Voleibol.
Todos acham que a Rússia jogou muito bem e eu também.
Mas não consigo deixar de pensar em dois detalhes que ressoam como um bumbo em minha cabeça:
- a fala do Presidente da Federação Internacional de Voleibol, dizendo que não era bom o domínio do Brasil no Vôlei masculino;
- em seguida, a escalação para apitar a final Brasil X Rússia do mesmo árbitro que já apitara dois jogos traumáticos para nós: as Olimpíadas de 2.004 e o Mundial de 2.006.
Esse senhor – ou esse canalha, como gostaria de chamá-lo – cometeu quatro erros durante a partida, os quatro contra o Brasil e dois deles em momento cruciais:
o primeiro no segundo set quando o Brasil, reagindo, havia feito três pontos seguidos, encostado em 13 a 11 e ele marcou fora uma bola que caiu dentro da quadra. O fiscal de linha foi contundente ao marcar a bola dentro. Não deu. A partida desandou e o Brasil perdeu o set.
Mas seu erro no quinto set, quando iríamos para 8 a 6 foi cruel. Deu para ver o desânimo estampado na face de nossas jogadoras.
Fez lembrar quando Wanderlei Cordeiro estava bem à frente na Maratona da Olimpíada da Grécia e foi agarrado por aquele débil mental britânico; ele até poderia ter sido alcançado pelos competidores que vinham atrás, mas todos tinham a certeza que com alguma vantagem ele criaria forças e não deixaria com que eles passassem.
Estou certo que com nossas jogadoras seria assim também: elas criariam forças.
Parabéns às meninas e parabéns ao José Roberto Guimarães. Formam um grupo vitorioso. Pensar que há 30 anos atrás nós nos esforçávamos muito e nem conseguíamos vencer o Peru.

Por outro lado, parece que houve uma felicidade geral na nação pela perda do título de Campeão da Fórmula 1 pelo espanhol Fernando Alonso.
Alonso estava engasgado na garganta de todos os brasileiros por ter roubado a vitória do Felipe Massa no Grande Premio da Turquia deste ano e, com o maior desplante, tentou induzir a equipe a uma frágil desculpa ao perguntar pelo rádio “o que houve com o Felipe, perdeu uma marcha?”.
Mais uma vigarice num esporte onde elas proliferam.
Aliás, só para rememorar, nos três últimos escândalos da Fórmula 1 o único fator comum foi a presença do Alonso:
Ele estava na McLaren, que não só recebeu informações privilegiadas de um engenheiro da Ferrari, como o espanhol se beneficiou - após uma sabotagem aos carros da escudeira italiana, que teve um pó misterioso colocado nos tanque de combustível nos carros de Massa e Kimi Räikkönen -ao vencer o Grande Prêmio do Monaco de 2.007.
Em 2.008 aconteceu o episódio de Cingapura, onde o espanhol afirmou - a la Lula - que não sabia de nada, enquanto Nelsinho Piquet acabou com sua carreira.
2.009 lhe foi um ano sabático em termo de falcatruas e em 2.010 já relatei acima.
Enfim, a justiça foi apreciável, divina.

Parabéns a Equipe Red Bull por ter mantido a competição acima de tudo. Se é que eles não sacanearam o carro do Marc Webber.

Aceitam um cappuccino?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ALEA JACT EST II

Minhas mais sinceras desculpas.
Meu irmão mais velho que é, muitas vezes, meu guru, acabou de me ligar dando uma grande gargalhada e perguntando se fugi das aulas de Latim.
Não fugi; não tive aulas de Latim. Minha geração foi a primeira a se livrar dessas aulas que eram o tormento dos alunos das gerações anteriores.
Perdoe-me também meu amigo Gilberto, pois certamente entendi erroneamente suas palavras; o desconsolo de César devia estar no fato de que não lhe restava senão a guerra e, eventualmente, o temor de sofrer um revés.
Assim, recebi uma aula pequena, mas de grande ajuda:
ALEA significa SORTE, no sentido de escolha. Daí, por exemplo, a palavra aleatória, que teria o sentido de escolha à sorte, ou a sorte escolheu aquela alternativa.
ALEA JACT EST literalmente significa “a sorte esta lançada” e vou parar por aí minhas explicações para evitar qualquer outra falha.

Esta minha presunção literata me fez lembrar minha querida Madre Felicidade Braga.
Da mesma forma que minha mãe e outras pessoas mais velhas, a Madre sempre tem um ditado a altura da situação que enfrentava. Neste caso ela certamente diria que eu seria “um Tiziu metido a Sabiá”. Nem Português sabe corretamente, vai pretender traduzir Latim.

Ainda bem que tenho meus corretores de plantão.
Então dedico esta crônica ao José Antonio, a Elisa, ao Rufino, ao Messias.

Sem eles eu entraria para aquela parte da Internet que publica coisas incorretas.

Aceitam um cappuccino?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Alea, jacta est.

Recentemente algumas pessoas contestaram essa vírgula que coloquei na frase de Júlio César, mas eu vou mantê-la assim por um entendimento do meu amigo Gilberto Bruce, que achava que o imperador mandava seus exércitos à frente por não ver alternativa de retorno.
Assim, algo desconsolado, teria dito: Vamos, (a sorte) está lançada.

Há alguns anos atrás Michael Schumaker disse que admirava a insistência de um determinado piloto brasileiro, perguntando-se aonde ele encontrava motivação para pilotar um carro que chegaria com certeza entre os últimos.
Duas coisas o piloto alemão não sabia:
Primeira: o que é ter o bolso cheio de dinheiro e poder comprar algumas coisas que por talento jamais se alcançaria;

Segunda: o que é ser brasileiro, povo acostumado pelos dirigentes, políticos e esportivos, a entrar numa competição para competir, não ganhar.
Nossa única e clara exceção esportiva está no voleibol.

Já na nossa natureza política, as últimas eleições me mostraram uma mudança clara naquilo que eu julgava algo pétreo: ou deixamos de ser desinteressados nas pobres benesses que recebemos ou deixamos de ser crentes na velha máxima bíblica: “bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”.

Expressei várias vezes a minha desilusão desde que se apresentaram os candidatos à Presidência da República.
A alternativa da candidata do Partido Verde não foi a opção que o resultado do Primeiro Turno apontou. Assim como eu votei nela, tenho certeza que, além dos votos por identidade com a candidata, uma massa enorme de pessoas também votou para mostrar que era contra a polarização induzida da candidatura do PT (que expressava a bandalheira com dinheiro público de momento) e a candidatura do PSDB (que expressava a bandalheira do passado).
O mesmo fenômeno aconteceu na eleição passada com a Heloisa Helena, recordam?
Pois é, a Heloisa Helena sequer se elegeu senadora nesta eleição.

Vamos deixar claro: os dois partidos nos decepcionaram muito com relação ao trato da coisa pública.
Todos nos lembramos da frase “no limiar da irresponsabilidade” dita à época que as privatizações enriqueceram algumas figuras ligadas umbilicalmente ao Presidente FHC.
Se nós já achávamos que isso era ruim, nada superou a coleção de escândalos que envolveu o governo de um Partido que se proclamava arauto da correção e que demonstrou ser bem diferente quando geria a carteira de dinheiro público.

Foi muito divertido ver os dois candidatos se proclamarem amigos do verde, contra o aborto e adotarem toda a linha verde-evangélica da Marina Silva achando que as pessoas transfeririam seus votos para eles.

Mais interessante ainda foi ver que mais de cinco milhões de brasileiros preferiram as férias, o descanso e a abstenção pura e simples e somaram-se ao contingente histórico das abstenções, que chegaram a quase 29.200.000, recorde absoluto.
Somados aos votos nulos e brancos, a reprovação ou indiferença aos candidatos chegou a 26,75% do eleitorado.
Um em cada quatro brasileiros não sente afinidade com a eleita ou com o derrotado.

Mas agora a sorte está lançada e hoje já presenciamos a guerra por cargo entrar na ordem do dia com alguns desaforos sendo proferidos.

Da minha parte, penso firmemente em duas coisas:
Rezar pela saúde da Dilma, porque Deus nos livre do seu Vice;
E ficar vigilante e manter na memória uma frase de Léon Gieco gravada logo cedo por alguém consciente e querida:
“Só peço a Deus que a mentira não me seja indiferente, se um traidor pode mais que muitos, esses muitos não o esqueçam facilmente;”

Aceitam um cappuccino?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Homenagem a quem nos ensinou.

Vivo confortavelmente cercado de professoras – e professores – toda minha vida.
Eu mesmo dei aulas de inglês e fui cem por cento na aprovação dos meus alunos; todos passaram na “segunda época”, que era como se chamava a “recuperação” de então.
Filho de professora, quero saudar a todos da minha família que sei que são formados, dão aulas ou foram um dia professoras e professores.
As queridas Elisa, Januária e Fernanda;
Dona Marília e Odette,
Meu querido irmão José Antonio e família: Anete, Mariana e Eliel, Luciano e Vera,
As cunhadas Fátima e Célia,
Léo e Juliana,
Meus carinhos também para a Isabel, prima da Elisa,
o primo Juca,

E a lembrança daquela que me ensinou a amar, ler e escrever.
Com carinho, mãe, e com saudades.












Aceitam um cappuccino?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quem venceu o debate presidencial?

Iniciada a nova rodada de debates, onde os candidatos à Presidência da República puderam se enfrentar, olho no olho, sem máscaras ou desculpas, o Brasil tremeu face a tantas alternativas para nosso voto mais nobre.
Os vermelhos afirmam, com isenção, que a candidata foi a melhor.
Já os azuis garantem que o melhor foi seu candidato e afirmam que seu julgamento também não foi tendencioso.
Mais ou menos com a mesma isenção que fariam as pessoas que nascem com sangue vermelho ou azul, em Parintins, enquanto julgam o desfile do Garantido e Caprichoso.

Sabem que ganhou esse debate?
Fui eu, que ao invés de assistir essa lengalenga mentirosa, enganosa e aborrecida, resolvi colocar em ordem as 1.276 fotos que mandei revelar recentemente.

Com o advento da câmara digital ficou mais fácil disparar fotos em qualquer ocasião e o único custo está em arquivar esses flagrantes e depois colocarmos em pastas ou arquivos.
Sou caprichoso nesse mister e organizo tudo por aniversários, viagens, para meu jardim, outros jardins e aí ficam guardadas minhas belezas e alegrias, meu passado.
Entretanto, como disse para mim uma vez minha amiga Rita, nada como a foto impressa, no álbum, para não correr riscos com a formatação do computador ou uma pane solar.
Fiz uma seleção e mandei imprimir.

Enquanto os postulantes à presidência juravam que não vai haver mais roubo no futuro e que a Educação e Saúde serão as efetivas prioridades – como se alguma alternativa à palavra prioridade – eu me divertia com minhas lembranças, revendo lugares, pessoas, pranteando memórias das perdas que doem, gozando a alegria de primeiros passos, sorrisos, segundos passos e outros sorrisos.
Queria saber qual seria a foto mais bonita.
Despreocupei-me com o debate porque desde que os candidatos foram estipulados eu formulei o meu voto, para o primeiro e segundo turno. Tenho testemunhas disso e posso citar meu amigo Renato e uma conversa que tivemos ao telefone quando entrevistava candidatos.

Então, querem saber para quem vai meu voto?
Fácil:




Meu voto vai para esta foto feita pela Elisa, de uma estátua que fica num pequeno parque na esquina da Sexta avenida com a Rua Lincoln, em Carmel, na Califórnia.

Ela traduz o carinho, a cumplicidade, a amizade, sinceridade e, acima de tudo, o amor mais puro que pode haver entre dois companheiros.




Companheiros?
Putz, é capaz do pessoal confundir tudo...


Aceitam um cappuccino?

domingo, 10 de outubro de 2010

Molly Malone

Várias seriam as Mollys Malone que existiram na Irlanda e sobre uma delas se fez uma canção que hoje é o hino informal da cidade de Dublin.
Os primeiros versos de sua canção dizem:
In Dublin’s fair city,
(Na bela cidade de Dublin)
Where the girls are so pretty,
(onde as moças são lindas,)
I first set my eyes on sweet Molly Malone,
(Pela primeira vez vi a doce Molly Molone)
As she wheeled her wheel-barrow,
(como ela empurrava seu carrinho-de-mão)
Trough streets broad and narrow,
(por ruas largas e estreitas)
Crying cockles and mussels, alive, alive, oh!
(Gritando berbigões e mexilhões, vivos, vivos, oh!)

Como lendas tomam vida, a Comissão Organizadora das comemorações do milênio da capital irlandesa estabeleceu que o dia 13 de junho passaria a ser o “Dia de Molly Malone” porque uma Molly teria morrido nesse dia em 1.699 e entronaram na Rua Grafton uma estátua feita pela artista plástica Jeanne Hinhart.
Curioso terem estabelecido a data de sua morte e não haver menção ao seu nascimento.


A Molly dessa Comissão e a da canção teria sido uma mulher pobre e lutadora, como de resto sempre foi a população da ilha da Irlanda.
Ainda jovem faleceu de febre, coisa muito possível em um país gelado onde a pneumonia se esconde em cada esquina e é repelida com grandes doses de remédios a base de álcool: cerveja, gim, uísque, etc.

Uma incongruência me inquietou:

O lugar onde fica essa estátua está há pouco mais de 100 metros da Sede do Banco da Irlanda, um prédio soturno e cinza, que um dia já teve dezenas de janelas. Então o governo resolveu tributar as propriedades justamente pelo número de janelas.
Qual foi a solução?
Os banqueiros mandaram fechar todas as janelas sem se importar com sua própria saúde, a os bancários e clientes passaram a viver dentro daquele ambiente infecto e sem luz natural. Para eles falou mais alto a segunda prioridade na vida de um banqueiro: o lucro.

Daí podemos depreender que os pobres morrem à toa pelas ruas e casebres, ao longo da História.
Quanto aos banqueiros, bom, banqueiros são banqueiros e sempre disputaram com advogados a primazia de entrar primeiro no Inferno.
Até que surgissem juízes de futebol e os políticos brasileiros...

Para matar sua curiosidade, a primeira prioridade do banqueiro é o seu dinheiro, leitor.


Minha homenagem a essa mulher que se tornou símbolo em uma cidade milenar, e minha tristeza registrada pela ida, antes do combinado - como diria Rolando Boldrin - de minha amiga de infância Elisabete.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Saudades, coisa troncha.

A vida insiste em correr e nessa pressa leva os poucos momentos que conseguimos nos despregar da correria para vivermos a alegria de um reencontro, a fascinação de conhecermos novos lugares e a mágica de aninhar nossas crias.

Dia desses fomos conhecer onde vive nossa Fernanda e desvendar os mistérios do país dos Leprechauns.
Como a propaganda é efetivamente a alma do negócio!
Sei de muita coisa que acontece em cidades mínimas da América do Norte e me sinto um ignorante em relação ao resto do mundo.

A Irlanda tem muitas belezas, naturais ou criadas pela mão humana como, por exemplo, os Penhascos de Moher e os muros de pedra que se vê por todo o país.

Os penhascos de Moher, oeste da Ilha da Irlanda.

Os primeiros são gigantes que avançam sobre o mar e travam uma constante luta com as ondas para estabelecer limites de seus domínios.
Os segundos criam desenhos fabulosos, uma espécie de moldura para os verdes campos de pastagens.





Vi, fascinado, o valor que os irlandeses dão à paisagem a marítima, a ponto de colocar no meio da rua, protegido por pilastras, um banco só para contemplar o mar. O Bono mora nesta rua.







Os locais tomam, e tomam bastante, uma cerveja escura e densa que é um grande orgulho nacional, assim como seu time de rúgbi.
Sua Meca divide-se entre o Temple Bar e a fábrica São Jaime da Guinness .




Dançam sapateado, com o tronco e braços estáticos, de forma mágica e ligeira, arte que vi de perto com Roma e Michelle.



Respeitam os pedestres como se fossem ídolos. Nas estradas muito estreitas, as pessoas caminham sem olhar para trás e sem se preocupar com os carros que passam muito próximos ao limite legal de 100 quilômetros por hora. Eles têm a certeza de que o motorista vai se desviar dele, caminhe a pé ou de bicicleta.
Confesso que senti inveja dessa civilidade. Nenhum daqueles transeuntes sobreviveria dois dias no Brasil.

São apaixonados por flores, vendidas a cada esquina, roseiras cultivadas com orgulho.

Seus castelos fazem contrastes perenes com o horizonte, com a frieza de um gigante adormecido.

Este é o Castelo de Ashford, que hoje é um hotel.


Onça Turismo, ao seu dispor.





Castelo de Dúnguaire a esquerda.












A direita o Castelo de Trim, onde foi filmado Coração Valente.

Aproveitamos a viagem para encontramos um parte da família que passava por Portugal.




Entre fados, vinhos e caminhadas sem fim, entreguei meu coração a Lisboa.



As imagens do sol nascendo por detrás do Castelo de São Jorge ou coroando a Torre de Belém serão eternas em minha memória.

Rever a casa onde meu sogro nasceu e viveu sua infância foi uma alegria que pudemos dar a Elisinha.


Em Fátima pude pisar, pela primeira vez, em um Campo Santo. Rezei por todos, nominalmente por alguns.




Ovos moles, pastéis de Belém, fado vadio, dor e pecado.
Bons e poucos dias de convivência com minha pequenina.
A tarde caiu e lá se foi nosso girassol atrás do sol no sul.


De verdade, o que mais me impressionou nessa viagem foi descobrir uma nova visão da saudade: Ela morre de forma definitiva no primeiro olhar e renasce com o mesmo vigor de antes no adeus; a saudade que se foi no aeroporto de Dublin voltou com o pôr-do-sol de Lisboa.

Aceitam um Porto?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sem pedir nada em troca

A primavera está chegando com o tempo seco e áspero.
Apesar disso, sempre espero com ansiedade essa época, quando a floração explode nos jardins e as plantas avisam que trarão frutos.

As cerejeiras, laranjeiras, o jambo, o maracujá, todos brigam por chamar nossa atenção e por querer mostrar-se mais belo que o vizinho de jardim.




Esta é a Brunselfia uniflora ou Brunselfia grandiflora ou ainda Brunselfia hopeana.
Muitos nomes para uma planta com alguma variação em suas espécies na consistência de suas folhas, e um ponto em comum:
Flores azuis ou azuis-arroxeadas, depois lilases ou rosas e finalmente brancas.

No Brasil o chamamos de diversos nomes como de Manacá-de-cheiro, Manacá-cheiroso. Eu prefiro o nome que meu pai ensinou: Manacá-Mimoso.

Chamado de “Ontem, hoje, amanhã” em países da Europa e América do Norte, tem um ciclo de vida interessante:
Na sua juventude azul ele retêm a maior parte do seu perfume, como se quisesse ter a atenção de todos;
No seu tempo maduro ele se transforma num ser perfumado, embriagador, conquista quem está a sua volta;
Na sua velhice, como acontece com os cabelos humanos, liberta ainda mais seu perfume, como se fosse nosso avô ou avó, que só entrega amor, sem pedir nada em troca.

Gostaria de ser assim, amar incondicionalmente e fazer que, a minha volta, todos se sentissem felizes como me sinto ao lado do pequeno manacá.





Enquanto amadureço, aceitam um cappuccino?

Dedicada a minha flor amada que chegou às vésperas da Primavera.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Talentos como, por exemplo, Caio Souza

Sou louco por esportes e sempre lamentei comigo mesmo não poder correr como um louco vida afora; minha asma não me permitiu.
Entretanto, por favor, não entendam isso como uma queixa.
Talvez essa limitação tenha sido a responsável por querer tanto praticar esportes que não pude.

Dizem que quando uma pessoa não consegue jogar bola – ou futebol – ele tem dois destinos:
ou vai ser árbitro ou vai ser comentarista.
A primeira opção também me seria impossível e a segunda não aceito: é tremendamente chato assistir um jogo qualquer e ficar ouvindo comentários daquilo que meus olhos presenciam; se estou vendo o que sae passa, para quem alguém tem que me dizer o que vejo?
Silêncio, por favor! Deixe-me ver em paz sua Alteza Sereníssima Neymar I desfilar sua graça depois do Fico.

Neste final de semana assisti várias partidas de vôlei e me recordei quanto sofria quando via o Brasil feminino apanhar das peruanas – que entravam em campo com uma empáfia danada, coisa que nossas meninas não fazem – ou da Polônia, Estados Unidos e países do Leste Europeu no masculino.
Os nacionais já entravam derrotados.
E hoje?
Hoje quando acontece uma derrota é motivo de comemorações no país estrangeiro. Recentemente a Itália estampou manchetes por que seu time feminino venceu o Brasil no Brasil. Mais ou menos como faziam vários países quando derrotavam nosso futebol antigamente.

Surgem talentos na natação a ponto de vencerem no Pan Pacífico. Nem sabia que tínhamos fronteira com esse Oceano! Como isso aconteceu?
Fomos convidados.
Sim, fomos porque alguns poucos investiram nessa juventude enorme que existe no país, já que nosso (des)Governo não investe maciçamente no Esporte porque precisa forrar cuecas com dinheiro e manter uma filosofia política por 20, 30 anos no poder.

Assim, nossos talentos aparecem por investimentos esporádicos de companhias que vêem no Esporte um retorno publicitário razoável.
Ainda assim, algumas delas pecam ao quererem um retorno imediato:
Vejam o caso do Bradesco. Por anos patrocinou o time de vôlei de Osasco que, infelizmente amargou quatro vice-campeonatos seguidos na Super Liga Nacional.
Com a mentalidade de um banqueiro, o Banco resolveu abandonar o barco.
Mas a cidade conseguiu novo patrocínio e, aí sim, a equipe foi campeã, e a Nestlé mostrou sua marca Sollys para o mundo inteiro.

Nossa equipe de Ginástica Olímpica, ou Artística como se chama agora, já não entra em competições para ficar com os últimos resultadose vira e mexe belisca uma final ou medalha.
Tem seus talentos conhecidos no mundo todo e alguns batizaram movimentos.

Eu conheço pessoalmente um desses talentos, surgido com apoio da AABB São Paulo e investimento pingado pelo suor dos seus pais.
Parabéns Caio Souza, você ilustrou Calendário Desportivo Nacional deste ano.
Parabéns aos seus treinadores, colegas de ginástica e fisioterapeutas.
Espero que você continue a nos dar essas alegrias, e a seus pais, que fizeram por você o que o país deveria ter feito.













Um brinde à sua saúde!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não existe meia-liberdade.

Todos sabem que sou o ouvinte número zero do programa Radar Paulista do meu amigo Renato Albuquerque.
Nestes tempos bicudos de proximidade de eleições, quando a mentira está no ar, tenho me amargurado com um comentário constante que, “em função da legislação eleitoral, o radialista não pode fazer comentários sobre o que dizem ou fazem os candidatos”.
A origem desse absurdo está na Legislação Eleitoral, fruto de uma Chavezlização, que diz que concessionárias do poder público, Rádio ou Televisão, só podem reportar o que é feito pelos candidatos, sem poder fazer comentários ou piadas sobre suas ações, discursos e, cá para nós, suas mentiras.
Ou seja, a verdade está engessada.
É por isso que surgem de forma execrável aqueles deputados que não sabem o que sendo votado na Câmara ou assinam petições para colocar aguardente na Cesta Básica “porque é assim que se faz na Casa”.
Como diria a Enfermeira da Jamaica: “se eles não querem ser ridicularizados, deixem de ser ridículos”.

Ontem, ao assistirmos, como de hábito, o CQC, ficamos muito indignados quando ouvimos alguns caciques, de vários partidos da política nacional, dizerem abertamente que eram contrários a lei. Então como a lei passou?
De indignado passei irritado quando ouvi o Deputado Cardoso tentar justificar a mordaça.
Ao final da reportagem, minha mulher sacou uma frase que acho que ilustra isso tudo:
“Censuráveis são as falcatruas que eles fazem”.

Eu já disse uma vez e repito: NÃO EXISTE MEIA LIBERDADE!
Se perdermos um mínimo pedaço de nossa liberdade, DEIXAMOS DE SER LIVRES.
Não quero a tutela do Estado ao meu poder de discernimento.

Acredito que a ABERT, Associação Brasileira de Rádio e Televisão, deveria entrar com uma “ação direta de inconstitucionalidade” contra esse ato abominável ou sugerir uma reação igual ou superior à censura: simplesmente deixar de noticiar qualquer coisa relativa às eleições e candidatos e aí veríamos esses palhaços se mexerem.

Vamos lutar por nossa liberdade de informação
e pelo direito de tomar nosso cappuccino em paz.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pequenos gostos

Fazemos muitas coisas inconscientemente e não damos conta de quantos são os prazeres que experimentamos ao longo do dia, ou mesmo ao longo da vida.
São coisas como chegar à casa da mãe e procurar algo gostoso - uma goiabinha - no armário, ou uma sobra de pudim de leite condensado geladeira.
Algumas coisas só mãe consegue fazer.



Ou sogra. Ninguém consegue fazer uma aletria como minha sogra.

Tenho seguido algumas rotinas que sempre me alegram e procurado refletir a cada instante o retorno que obtenho.
Escrever estas linhas, por exemplo, me dão alegria por inúmeros motivos, inclusive o de você estar lendo. Já disse que sem você elas não teriam sentido.

Esperar a caipirinha feita caprichosamente pelo Armando é uma expectativa contemplada com uma alegria. Tomá-la em goles suaves e conversar olhos nos olhos.

Olhar para as casas do João-de-barro próximas às piscinas da AABB, para observar se os pássaros estão de volta e me lembrar do incrível conto premiado do meu amigo Ari Madoenho é outra alegria constante.

Em seguida, caminhar ao lado do Jardim Japonês e seus sons e silêncios, criar o momento correto para conversar sobre uma ou outra aflição, coisa que tem sobrado nestes tempos bicudos de doença em família.


Notar as alterações das floradas, um brinquedo perdido no alto das árvores, nunca é tempo perdido, assim como finalizar o passeio com um pastel e cappuccino na Cantina da Maria.



Sentir o friozinho que encana pela casa me lembra um bom livro da Aghata Christie e procurar um baile para dançar no sábado à noite sempre me traz a pergunta: "onde andarão a Kátia e o Rogério?".

Pequenos gostos, grandes alegrias.

Aceitam um cappuccino?

Crônica dedicada à minha amada sogra Marília, com meus desejos de pronta recuperação.