quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A magia e perversão das águas

O grande mago do entretenimento mundial, Walt Disney, tanto em filmes quanto nos seus parques, sempre explorou a magia das águas como elemento agregador de alegria às pessoas.
Quem sabe pelo fato de sermos constituídos em 70% desse líquido, a Humanidade se fascina com o mar, com as fontes, cachoeiras. Não importa se a pessoa gosta de praia ou campo, sempre as áreas de descanso tem água por perto.

A Natureza tem suas forças e a água é um dos seus elementos mais incontroláveis se não agirmos com cautela e esperteza: fez bobagem, ela passa por cima.

Então acontecem, a cada estação de chuvas ou degelo, as desgraças provocadas por atitudes pouco inteligentes de quem governa países.
As cidades, na maioria das vezes, cresceram ao redor de rios, entubando-os e, mais recentemente, impermeabilizando a capa do solo ao seu lado.
A água captada pelos telhados dos prédios corre diretamente para um espaço menor que o volume e assim vimos Brisbane, na Austrália, completamente alagada, com seus enormes edifícios com os vidros espelhados, que tanto encanta arquitetos, brilhando.

Em Nova Friburgo construíram um teleférico e, para isso, cortaram as árvores por onde passariam as cadeirinhas; foi justamente por ali que a tomba d’água achou seu caminho, sem obstáculos, para levar morro abaixo toda a fina capa de terra existente.
Nas cidades serranas fluminenses que tanto atraem turistas, o que se viu desta vez foi um quadro inusitado: a ocupação irregular dos morros por pessoas pobres acabou sendo responsável pelo barro e lama que afogaram os condomínios de pessoas ricas ladeira abaixo.

Enquanto governantes se desculpam dizendo que obras contra as enchentes não são feitas em 24 horas, pessoas morrem ou vêem seus sonhos de dignidade morrer.

Para completar nossa indignação ainda vemos o ex-presidente desfrutando de benesses que ele tanto condenou nos governantes anteriores.
A propósito desse assunto e das bobagens que ouço dos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, gostaria de dizer aos meus amigos que:
Sim, houve avanços na parte social, Graças a Deus e à ação governamental.
Mas quanto ao aspecto moral, Lula atirou a Ética e Decência na lata do lixo.
Seu exemplo foi o pior possível:
ensinou aos pobres e às pessoas que chegam agora à vida política que a “otoridade” pode tudo. E não é assim.

Aos sofredores, minhas orações.

4 comentários:

José Antonio disse...

Olá

Quem publica um blog está sujeito às criticas dos leitores. Vou exercer meu direito:
- O tema enchentes é oportuno, já que está muito presente no nosso cotidiano neste mês de águas abundantes. Você poderia até ter posto em discussão o caso de Mairiporã que está sob as águas porque a Sabesp teve que abrir as comportas. ( houve erro de planejamento? Por que a represa estava tão cheia?)
Mas em vez disso, foi fazer críticas ao Lula, desviando-se do foco e preconceituosamente falando em otoridade. Lamento essa postura arrogante. Também achei horroroso o caso dos passaportes e calhordices do tipo. Mas não se justifica!

Um abraço!

Tum

Arnaldo Onça disse...

Agradeço a crítica.

Só lembrar que se trata de Franco da Rocha, não Mairiporã.

Com tantas desgraças a gente ainda tem que ter um ensinamento desses? Se ele é legalzinho pode tudo?

E vou lhe dizer uma coisa, acho que votei mais vezes no Lula e no Partido dos Trabalhadores que você. Sou também responsável por ele ter sido presidente.

Assim como responsável por um governador que passou doze anos no Palácio dos Bandeirantes e disse a bobagem que disse.

Ele, Lula, não tinha o direito de me trair naquilo que ele pregava.

Não imaginei que poderia passar por preconceituoso; estava falando “otoridade” como qualquer delegado faria. Não era uma referência a pouca cultura do Lula.

Foi mal.

Abraços

Fabiano disse...

Quem publica um blog está também sujeito a ter seu blog comentado nas rodas de amigos e parentes.

Tenho apenas um comentário: acho que está certíssimo em relação ao Lula. O comentário do sr. José revela apenas um desviante traço marxista, ainda não totalmente tragado pelas águas da modernidade.

Quanto às águas, diria, citando o incompreensível Heráclito: um homem nunca passa duas vezes pelo mesmo rio. (se você entender, me explique)

Arnaldo Onça disse...

Insisto que meu "otoridade" foi um escorregão, uma concessão à maneira popular de falar, linguagem corriqueira.
Quanto ao “Pai da Dialética”, acho que tem algo a ver com o “tudo flui”, tudo se move exceto o próprio movimento.
Então, ao atravessar o rio ele encontraria uma água.
Ao retornar, as águas já seriam outras.

Pensando bem, é melhor eu tomar uma, porque logo essa uma será outra.