quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Brasil precisa consertar o seu poder Judiciário.

Estamos criando, há muito tempo, uma cultura de impunidade no Brasil, com o apoio de um Sistema Judiciário inoperante, moroso e, muitas vezes, cruel.

Recebi no meu celular um produto que não queria, a internet. Ganhei por dois meses, “de grátis”.
O que a CLARO, levianamente, não me informou também, é que passado esse tempo ela passaria a cobrar “alguma coisa e noventa” por mês.
Fiquei indignado.
Liguei no dia 1º de janeiro e pedi para cancelar a oferta, o que imaginei tivesse sido feito e o caso encerrado.
Sabem o que aconteceu?
Eles colocaram, de novo, duas vezes, a oferta no meu celular.
A princípio achei que não houvesse apagado a mensagem do ano passado e tornei a me indignar pelo desplante desses pilantras travestidos de gênios do marketing quando reparei a data da postagem: 14 de janeiro.
Deveria poder mover um processo contra a CLARO, pedir uma indenização calamitosa. Duvido que eles fizessem uma sujeira dessas se eu tivesse essa possibilidade.
Sabe por que fazem?
Primeiro porque a indenização moral no Brasil tem limite:
se alguém me ofender, ou ofender Dom Paulo Evaristo Arns, sabe que vai pagar, no máximo, 200 salários-mínimos de reparação.
E sabe que os Tribunais dificilmente estipularão um valor alto, superior a quatro digitos. Não querem criar a “indústria da indenização”.
Pois deveriam criar sim; aí veríamos se a SABESP demoraria mais de seis meses para tapar um buraco que existe há mais de ano na frente de casa e é de sua responsabilidade consertar.

As pessoas de má índole sabem que a maioria das pessoas de bem foge da Justiça por saber que processos são caros, demorados, irritantes e, principalmente, não basta você ter razão ou estar correto para ganhar um processo.

Dia desses caiu uma placa de metal, de um posto de gasolina, amassando meu carro e arranhando a pintura.
Foi perguntar para o dono do posto o que deveríamos fazer para reparar aquele dano e ele me disse:
“-Entre na Justiça!”.
É assim: antigamente entrava na Justiça quem estava do lado correto da História;
Hoje são os canalhas que se escondem atrás dos prazos, dos recursos, chicanas.

Como exemplo: tenho um processo trabalhista com oito quilos de documentos meus, sem solução desde 2.002. Está passeando entre a primeira e segunda instância todo este tempo.
Nas audiências os juízes sempre perguntavam sobre a possibilidade de acordo. Nossa resposta sempre foi positiva, mas o outro lado...

Sei que os juízes estão com toneladas de processos para julgar, que nossas faculdades são incapazes de prover o país com bacharéis bem formados em Direito.

Mas também sei que essa situação gera uma revolta em quem age corretamente, paga em dia seus impostos e vê seus dirigentes envolvidos em freqüentes falcatruas.

Só tomando uma...

3 comentários:

Anônimo disse...

O Exmo. Deputado Federal Tiririca vai dar um jeito nisso.

Abs

Roberto

Arnaldo Onça disse...

E vai ter muita ajuda do mesmo naipe...

José Antonio disse...

Olá Assino em baixo. Vivo me sentindo um trouxa. Passei grande dissabor com a Claro esses dias e não há sequer uma ouvidoria a quem voce possa se dirigir; só por e-mail. Não é o que diz a lei, mas a Anatel representa muito mais as operadoras do que os consumidores. Dá para ir reclamar na justiça? um abraço!