quarta-feira, 11 de julho de 2018

A trôco de que?



Fico me perguntando a trôco do que as pessoas se importam tanto com o que as demais fazem – que não lhes tem tanta importância – e provocam quem faz alguma coisa, desmerecendo sua atitude e mostrando que existem mazelas diversas a se consertar no mundo.
Acabei de ler uma postagem no FACEBOOK dizendo que:
“Agora que as crianças da Tailândia já foram salvas, vamos rezar pelas crianças da Síria, África, Brasil, etc”.
Perdoem minha sinceridade, mas que bobagem, não?
Há quatro meses atrás todos choravam crianças sírias mortas em bombardeios. Há um ano milhares de postagens sobre o garotinho sírio que se afogou na praia.

Seria contra a oração essa postagem?
Bom, se foi, perderam seu tempo, pois o povo da Tailândia achou que foram as orações do mundo que salvaram seus meninos.
Se desconhecem o valor de uma oração, tudo bem, mas não desmereça as minhas, que faço todo dia, pois eu acho que elas ajudam. Mais que achar, tenho certeza; já sobrevivi há quatro AVCs. E uso o espaço para agradecer, de novo, os que rezaram por mim.

O Brasil terminou em oitavo na Copa e é 85ª em Educação?
Pergunto a quem postou isso: se não tivéssemos ido à Copa, nossa posição mudaria?
Então, que adiantou sua postagem? Aliviou sua bílis?
As redes sociais mostram coisas extremamente boas do mundo inteiro; menos no Brasil. 
Aqui todos se dispõe a publicar o que existe de pior em si, em espalhar sua ira, sua inveja, suas raivas.

Ainda bem que muita gente no Brasil reza, pois são essas pessoas que elevam o espírito e as energias do país.
Aceitam um cappuccino?