domingo, 2 de maio de 2010

A melhor coisa que poderia acontecer com o futebol brasileiro e mundial

A maior sensação do esporte no Brasil deste ano, sem dúvida, é a alegria do futebol jogado pelo time do Santos.
Todos gostam de ver.
É lógico que cada um manter sua obrigação de torcer por seus times e é uma sorte ser torcedor do Santos por estes dias.
Pudemos acompanhar alguns grandes esquadrões nos últimos 20 anos no Brasil, como o São Paulo de Telê, o Palmeiras de Luxemburgo ou o Corinthians que aquele argentino muito feio que eu não me recordo o nome.
Entretanto, nenhum time foi mais sensacional que essa equipe de garotos que jogam futebol como moleques.
E graças aos deuses do futebol a nova diretoria do Santos colocou um técnico que, ainda que o time tenha grande vantagem, tira um beque para colocar mais um atacante e os meninos vão para cima e ampliam o marcador.
E que também botou juízo suficiente para segurarem todo um segundo tempo numa decisão como gente crescida.

É fato histórico que os suecos não ficaram tão chateados de perder a Copa para o Brasil em casa, porque o futebol daquela seleção estava encantando o mundo.
Assim como a Seleção Holandesa de 1.974 ou a Brasileira de 1.982 que eram as melhores e encantavam todas as platéias, apesar de perderem suas competições.
Essas seleções elevaram o gosto do futebol e o mundo todo passou a quere ver futebol bonito.

Para nossa desgraça, ciclicamente se vê a tendência dos técnicos - a maioria oriundos da defesa em seus tempos de atletas - optarem pelo estilo alemão do futebol de resultados.
Assim aconteceu depois que a Seleção Brasileira de 1.950 que atropelou todos os adversários e perdeu para o Uruguai.
Renovado o conceito de beleza em 1.958 e 1.962, sucumbiu em 1.966, e assim vai, pendendo a balança para futebol feio, futebol bonito.

Só fico triste pelo fato do Dunga - que conseguiu retomar um padrão de jogo à Nacional que nos faz ter muita tranqüilidade quando enfrenta os castelhanos, maiores adversários, e outros - porque os outros são só os outros mesmo – não parece inclinado a convocar sua Alteza Sereníssima Neymar I do Santos e Paulo Henrique Ganso, o gãããanso, que todos temos certeza vai fazer muita falta caso Kaká não consiga jogar.
Queria que nosso técnico, assim como Fernando Pessoa, tivesse um sonho como uma fotografia, ou Luther King, um sonho somente, e visse os meninos da Vila vazando com pedaladas a dura de cintura defesa espanhola ou francesa.
Ou tivesse a simplicidade da enciclopédia Nilton Santos que, ao ver um treino do Garrincha, pediu aos dirigentes do Botafogo: “Contrata logo porque marcar esse garoto vai ser um inferno”.

Com sinceridade, acredito muito mais em 2014 que agora, o que é uma pena. Afinal, somente o Brasil ganhou as finais de Copa do Mundo fora de seu continente e por duas vezes. Seria ótimo manter a tradição.


Aceitam um champanhe?

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