quarta-feira, 12 de maio de 2010

De onde menos se espera... ou o Dunga tremeu!

Nosso fabuloso humorista Apparício Torelly, o autodenominado Barão de Itararé, disse com muita propriedade que:
“De onde menos se espera, de lá não vem grande coisa mesmo”.
Nos meus 33 anos de Banco do Brasil aprendi a trabalhar com dois tipos de gerentes: alguns geniais como o Honório Rodrigues e Sylvio Pereira da Silva que criavam receitas. E a triste maioria que, para incrementar o lucro, cortavam despesas, normalmente tolhendo parte dos salários dos funcionários através do não pagamento de horas-extras, adicionais noturnos e pedindo para economizar água e luz.
A resposta dos funcionários a estes últimos quando pediam corte de despesas administrativas era sempre a mesma:
“De agora em diante vamos usar o papel higiênico dos dois lados”.

Então quando previ que o Dunga não iria convocar a alegria e criatividade para sua seleção – a sua, não a Seleção Brasileira – eu não estava agourando não; eu já sabia!
Não estava sozinho, como de resto não estou.
Veio com um papo de lobby, como se a convocação do Kleberson não fosse resultado disso. E Thiago Silva, Felipe Melo – joga dois, cumpre um – o que seria então; falta de opção?
Diga rapidamente tudo o que você sabe sobre Carlos Eduardo, um dos suplentes dos suplentes. Não seria esse gaúcho – coincidência ou lobby? – também alguém sem grande experiência? Afinal, foi convocado em três oportunidades e ficou na reserva em todas.
Não tem desculpa não; alguns técnicos jogam para frente, outros congestionam o meio campo.
O Brasil tem bons jogadores, suficientes para comporem duas ou três Seleções em condições de ser campeãs mundiais. Assim, não seria surpresa uma vitória do Brasil.
Só que não vamos ter quase opções de alterar as coisas a partir do banco.
Então, amigo Savioli, uma análise fria me diz que, se tivermos que enfrentar o México ou qualquer outra seleção com duas linhas de quatro, vamos sofrer muito e ganhar ou perder pelo acaso.

Aceitam um suquinho de maracujá?

4 comentários:

Graça disse...

Não fique triste. O seu Santos já lhe dá alegrias suficientes, não acha?
Parabéns pelas crônicas e sugestivos convites para um suco, para um vinho, seja lá como for.

Abraços tricolores(esse me dá alegria).

Graça

Osvaldo Savioli disse...

Arnaldo: eu fui criado numa fazenda de café, vai bem um capuccino; suquinho de maracujá, tô fora.
Vamos lá: seleção de 82:
técnico brilhante,que tinha sido um jogador muito bom (o famoso "Fio de Esperança" - lembra do filme, com John Wayne);
o time era o cometa de Halley: só "cobras"(estou usando o jargão futebolístico da época), fachos luminosos para todo o lado, um ballet Bolshoi no tapete verde; deslizavam em campo, verdadeiras virtuoses do ludopédio; o mundo inteiro se curvava e aquela seleção era "macuco no embornal"; não tinha por onde.
Pra quê destacar nomes: os onze em campo ofuscavam os adversários; aí apareceu uma Itália cambaleante e um centroavante magrinho (Paolo Rossi) fez três gols naquela super defesa de Oscar,Luizinho, Jr. Leandro,Toninho Cerezzo, Falcão.
Voltamos nas quartas de final e a Itália pegou o prumo e acabou campeã;
não contesto em nada sua opinião, mas Copa do Mundo é uma arrancada de 7 jogos, e tem que ser um time forte e estruturado emocionalmente,mas reconheço que antes ninguem tem a fórmula.

Arnaldo Onça disse...

Olá Graça.


Eu sou um paulista e brasileiro tão fanático por futebol que até estou torcendo para o São Paulo ser campeão da Libertadores.

Por outro lado, sem dúvida foi bom para o Santos, que sem a vitrine da Copa conseguirá manter os meninos por mais algum tempo.

Aí, pobre São Paulo...



Abraços

Arnaldo Onça disse...

Savioli

Sem dúvida os brasileiros já sofreram muito com futebol.
Mas vejo a coisa com dois aspectos positivos:

Primeiro o Dunga está dando uma lição de comportamento para todos e, em especial, para a juventude: Nada de Craque;

Segundo, como já comentei com a Graça, sem a vitrine da Copa os meninos seguirão por mais algum tempo na Vila.

Para minha alegria e a alegria do futebol nacional.


Abraços

Onça



Vai um cafezinho?