terça-feira, 23 de março de 2010

CALA A BOCA LULA!

Minha mãe costumava rechear suas conversas com provérbios, sintetizando numa frase uma alegoria que nos permitia um ilimitado números de conclusões.
Acho que ela dizia mais ditados que o Sancho Pança.
“Para o que não tem remédio, remediado está” era dito para coisas que não se poderia alterar, como, por exemplo, o mandato presidencial que só terminará dia 31 de dezembro e nos obrigará a viver essa agonia de ouvir, dia pós dia, o Presidente da Silva falar uma bobagem atrás da outra.
“Tiziu pensando que é sabiá” se aplicaria para reduzida capacidade verbal de Sua Excelência, que abafa sua boa capacidade de leitura de discursos previamente elaborados, muito bem elaborados, aliás. Pelo menos em termos de discursos tem alguém em Brasília trabalhando muito bem.
O problema é esse: Lula talvez imagine que foram dele as palavras que acabou de ler, se anima e solta seus torpedos que são uma vergonhosa tortura aos brasileiros sadios, moral e literariamente.
Durante anos o mundo ouviu por sua voz o ordenamento lógico e apropriado de palavras escritas para um ator canastrão que, ao improvisar, diz coisas como “a Namíbia nem parece a África” ou, como disse esta semana na Jordânia, “aqui todo mundo tem cara de turco”, algo tão absurdo quanto se o rei jordaniano chegasse a Brasília e dissesse que por lá “só existem cabeças-chatas”.
Ontem o governador do Rio de Janeiro, entre um choro e outro, convidou os participantes do V Fórum Urbano Mundial a visitar as favelas e o Presidente da Silva se apressou em dizer para “não irem a lugares que não conheciam” e sugeriu "que fossem às praias", como se as praias não lhes fossem lugares desconhecidos.
Será que era água que ele bebia naquela mesa?
Ele já reprimiu jornalista que não quiseram beber uísque no avião presidencial. Alguém poderia sugerir que, “assim como Vossa Excelência, estamos a trabalho”.
Como este mundo é feito de puxa-sacos e revanches – e revanchismo parece ser a primeira palavra no dicionário petista - ninguém tem coragem de dizer “CALA A BOCA PRESIDENTE”, ou de lhe pedir que não fale de improviso. Aí entra em cena aquele ditado “passarinho que come pedra sabe o .. que tem.”.
É uma pena, porque sua imagem e boa imagem do Brasil, que é o que nos interessa, vão descendo pelo ralo.
Alguns dirão: “Os cães ladram e a caravana passa”.
Minha resposta está pronta: “a caravana dos 40 ladrões passa”.
Aliás, pena que não são só quarenta.

Aceitam uma aspirina?

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