segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tia Mimi


Vou traçar algumas poucas linhas, o quanto minha emoção permitir, sobre uma pessoa que marcou muito minha vida e a quem devo muita gratidão:
Minha tia Mimi.
Ela, irmã caçula do meu sogro, foi mais um presente que obtive com o casamento com a Elisa.
Além do grande apoio que nos deu ao ceder a casa onde vivemos quando casamos, sempre nos trouxe muita alegria no convívio.
Era conhecida na ocasião do meu casamento por um termo da época, locomotiva, dado a pessoas que impulsionavam a vida social.
Sua casa sempre foi o refúgio do almoço aos domingos que, nas épocas áureas da disposição física e mental, contava com os saborosos e saudosos pastéis da Tia Corina, hoje com 101 anos.
Acredito que o que deixamos nesta vida na memória dos convivas são nossas atitudes.
Então, como esquecer as narrativas das companhias de viagem da Mimi que nos contaram que três anos atrás, numa viagem ao Maranhão, ela tirou alguns rapazes para dançar forró e não é necessário dizer quanto se encantaram com ela.
Sempre dançou o Vira, qualquer lugar que fosse que ouvisse o som que animou sua infância e juventude.
Criou sua família junto de si, bem casada que foi com um tio genial que muito me ajudou na formação de meu caráter; eu, moço, tive boas e instrutivas conversas com o Armando. Pena que o perdemos há tanto tempo para o vício de fumar que o levou desta muito cedo.
Ontem foi o dia de perdermos a Margarida, nome de batismo da Mimi.
Hoje vou recolher minhas alegrias para viver essa perda, uma das maiores que tive.
Vou vivenciar meu Quarup.
Amanhã renegarei essa tristeza para resgatar em minha memória a alegria que foi conhecer, ser vizinho, conviver e gostar imensamente desta pessoa fantástica.
Como creio na Eternidade, sei que um dia nos reencontraremos por lá.


Nenhum comentário: