sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Duas matérias emblemáticas

Ao abrir uma página da internet no dia de hoje, vi duas matérias que me chamaram a atenção:
A morte do Harry Potter;
E a eterna luta dos nossos representantes no Legislativo e Executivo em descobrir caminhos que retire dinheiro do nosso bolso e coloque nos bolsos deles.

Começando pelo segundo assunto, deputados e senadores sempre aproveitam esses meses após eleições para tentar enfiar a faca em nossas finanças, com o uso da força dos votos dos reeleitos e do “salve-se quem puder” dos preteridos das urnas.
Acho que de salário o pessoal do Executivo recebe mal. Mas todos recebem benefícios exagerados, principalmente os legislativos.
Os Ministros de Estado estão recheando seus salários com participações em Conselhos de estatais, uma medida esdrúxula.
Faz-se necessário um estudo apurado cogitando aumento nos salários de Presidente, Governadores e Prefeitos, aos Juízes e Ministros do Supremo, mas também se faz necessária uma grande profilaxia, reduzindo benefícios de Senadores, Deputados e Vereadores.

Por falar em Lado Obscuro da História, a vitória das Trevas sobre Harry Potter me faz refletir, com tristeza, que o mundo está optando por um pragmatismo derrotista, ao invés do utópico vencedor.
Nas histórias e contos de antigamente sempre se tinha a expectativa que o Bem venceria o Mal.
No caso do pequeno mago, a morte de Harry Potter vai acontecer por dois motivos básicos:
- A autora Joanne K. Rowling havia planejado sete histórias com o maginho e não quer que haja seqüências feitas por aproveitadores desonestas, que pegariam uma carona com seu sucesso.
- O mesmo raciocínio se aplicaria ao Cinema e a série de filmes se encerrará no oitavo. Oito filmes para sete histórias? Sim, o último livro contém tanta informação que a história será desdobrada.

Por um lado será um alívio não assistirmos filmes como “Harry Potter em Nova Yorque” ou “Um americano em Hogwarts”.
Por outro, a magia do Pequeno derrotando o Grande, do Bem vencendo o Mal, estará perdida para toda uma geração que fez filas e mais filas a espera de uma nova aventura dos pequenos magos que, até o último capítulo, superou "aquele que não se diz o nome" com maestria.
Uma pena.

Aceitam um cappuccino?

2 comentários:

Mirian Teresa Ferrari disse...

Tio Onça,
li seu blog e vi, com pesar, que mais uma pessoa observou: o mundo prefere a derrota pragmática à vitória utópica. Estou fazendo o trabalho de término de curso sobre equipes de alto desempenho e quero provar no meu trabalho que as pessoas de desempenho campeão são aquelas que vêem acima e além do mundo físico e dos objetivos mais imediatos. São pessoas que, por terem uma inteligência espiritual desenvolvida, conseguem trabalhar a favor de valores elevados e, assim, se destacam dos demais e fazem coisas 'anormais'. A morte de Harry Potter vai conduzir essa geração ao estreitamento da visão e à sensação de que não vale a pena lutar. Tá dominado, tá tudo dominado!! Infelizmente, é a geração das moçoilas desvairadas que suspiram por um vampiro que lhes rouba a energia vital, tornando-as mortas-vivas (crepúsculo e demais idiotices). Você me ajudou a dar um fecho bem mais dramático ao meu trabalho acadêmico: vou usar seu exempl o para mostrar como as informações rápidas, globalizadas acabam com a construção do indivíduo. Hoje tenho a sensação que estamos perdendo nossa individualidade: estamos nos tornando tipos (em literatura, são os personagens planos, sem profundidade). Sobre o termo utopia, não vejo como algo impossível e sim algo árduo de ser conseguido, que exige muito esforço e domínio dos indivíduos, que terão aí o foco em valores acima e além do imediato. Daí minha monografia ser também utópica!!!!!!
Aceita um café?
Tia Mirian

Petinati disse...

Arnaldo,

Só hoje consegui ler a crônica abaixo.
Está muito bonita. Gostei.

Abraços e

Feliz Natal

Petinati