quinta-feira, 1 de abril de 2010

Impressionante descoberta britânica.


Uma coisa que muito invejo nos países desenvolvidos é a verba dispensada para pesquisas relacionadas com o bem viver de seus cidadãos.

Pesquisadores se enfurnam em porões universitários ou partem para os trópicos para investigar aquilo que a corrupção desses países desperdiça.

Vi recentemente um trabalho publicado por uma equipe do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Aberytwyth - formosa instituição fundada em 1872 e primeira universidade do País de Gales – desenvolveu uma pesquisa preventiva para doenças de pele.

Como é de notório saber, cada vez mais enfiados diante de seus computadores e longe de sol, os europeus padecem cada vez mais de doenças associadas à falta de uma boa dose de luz solar sobre seu corpo.

E onde desenvolveram sua pesquisa?

A cidade de Aberytwyth é praiana e o vistoso prédio de sua Universidade tem o mar a seus pés. Assim, um grupo de vilarejos locais foi escolhido como referência.

De outra parte, escolheram a brasileira e baiana cidade de Mucuri, sita no estuário do rio de mesmo nome, onde uma pequena comunidade de pescadores contribuiu com aquela recepção que só brasileiros são capazes.

E vejam que coisa incrível: ao final da pesquisa – que durou onze anos - os pescadores europeus apresentaram um índice de propensão às doenças de pele de exagerados 65% da população pesquisada.

Já no caso dos brasileiros, ou como diria meu amigo Hélio, dos baianos, esse índice beirou a 4%, quase insignificante se levarmos em conta a Propensão Marginal Desprezível em pesquisas acadêmicas dessa natureza.

Lógico que os pesquisadores ficaram muito curiosos com esse resultado e, em um ano suplementar de avaliações, procuraram saber a razão da diferença do resultado.

Retirando toda a linguagem própria e aborrecida dessa questão, vou direto àquilo que mais chamou a atenção:

Como a base da alimentação dos dois grupos era basicamente a mesma (arroz e peixe) e a exposição ao sol era praticamente idêntica, restaram como fatores diferenciais dois índices de desequilíbrio:

O primeiro foi a carga de sal existente nos mares britânicos, com uma forte presença de anions acetatos.

O segundo dizia respeito aos hábitos alimentares e daí chegaram à fabulosa descoberta: a Niacina, grande reparadora de DNA, que age diretamente no metabolismo das células, regenerando-as.

E quer saber o bônus dessa história: a danada da Niacina combate o desgaste e auxilia na produção de hormônios sexuais. Não poderia haver notícia melhor para os brasileiros.

E sabe qual era a fonte de Niacina predileta dos baianos: a melancia, a Citrullus lanatus.

Ainda que a cada 100 gramas da fruta só tenha 0,20 mg de Niacina, na mesma porção se adiciona 9 miligramas de ácido ascórbico, o mesmo usado na antiguidade para combater o escorbuto.

Segundo os pesquisadores galeses, bastam serem consumidas três fatias diárias de melancia para que se diminua em 61 por cento a possibilidade de doenças de pele.

Fazem uma ressalva com relação ao suco tão apreciado pelos brasileiros: os caroços destroçados liberam fósforo e anulam parte do efeito desta pesquisa, embora tenha alguma ação como vermífugo.

Ressalte-se que para problemas de pele outras medidas também devem ser tomadas, mas, por ora, salve salve a melancia.


Aceitam uma fatia?

Um comentário:

Angelo Dimitre Fotógrafo disse...

Muito interessante! Gosto muito da maneira como você escreve e dos diversos temas que você apresenta! Parabéns!!! Abraço!