domingo, 11 de novembro de 2018

Vamos aprender com a História.


Meu excelente professor de História, Luiz Carlos, lá no meu tempo de ginásio, ensinava que a Humanidade vive ciclos, que criam, extrapolam, censuram e, então, vivem um período amorfo.
Tudo vai depender da memória do povo com relação aos acontecimentos.
Assim, os que conseguiam se recordar do Renascimento, tinham também a lembrança da Inquisição, e assim viviam um período de pouca criação, e retomada dos costumes com poucas concessões, ou quase nenhuma.
No geral a Humanidade é conservadora e sempre olha com reservas os liberais.
A estes sempre reserva adjetivos pouco nobres e um olhar de censura sempre atento.

Quando, recentemente, tivemos a explosão causada nos costumes pelos Beatles, várias sociedades no mundo ocidental – basicamente aquele que tem liberdade de expressão – foram de carona e partiram para coisas como a mini-saia, os cabelos compridos, o “faça amor, não faça a guerra”, e o “amor livre”.
Foi assim até surgir um controle: a AIDS, que muitas teorias da conspiração, acham que foi um vírus desenvolvido pela sociedade conservadora e protestante dos EUA.

Em 1979 acabou a censura a publicações pornográficas no Brasil, e qualquer banca de Revistas era um festival de fotos picantes.
Instado a colocar limites, o então Ministro da Justiça Petrônio Portela se limitou a dizer: “Deixa estar, logo vem a ressaca e isso acaba por conta própria”.
Era um sábio; em dois meses a coisa se ajeitou.

Mais recentemente o país passou por um período no qual foi governado por uma ala progressista, na visão da esquerda, e de despudorados sem-vergonhas, na visão da maioria no país que ainda é muito conservadora e cada vez mais religiosa.
Se por um lado a sociedade, como um todo, estava aprendendo a conviver com pessoas que tinham um comportamento sexual diverso, por outro, aqueles que conquistavam essa vitória expressiva e necessária tomaram atitudes que me lembravam a expressão “foram com sede de mais ao pote”.
É duro aceitar que temos que ter limites – eu não gosto – mas, definitivamente, não podemos ser tão românticos.
A coisa foi de exposições de adultos nus e crianças à tal revistinha que o eleito disse que existia, e existia, e teve negada sua existência e, pior, distribuição.
Aqui, a meu ver, foi o ponto de partida para nossa Inquisição.
E chegamos à pá de cal: dialeto “Pajubá” foi um excesso, pois não se pode formular questões em um exame nacional que favoreçam um lado ou outro.
Vai redundar num controle prévio? É claro que vai, e não adianta bater o pé e chamar de censura. Será uma minoria – que perdeu a eleição, que vai defender isso. Quem venceu a eleição vai querer, tal qual fizeram os inquisidores, recolher os infiéis aos seus guetos, e assim se viverá no Brasil varonil pelos próximos anos.

Então, que quem vai ficar na resistência tome uma lição mínima:
A História não dá saltos!
E, no caso do Brasil, não ser corrupto vai ajudar bastante.
E sem mimimi, por favor: não tem nada pior que mau perdedor.
Aceitam um cappuccino?

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