quarta-feira, 2 de setembro de 2015

LIÇÕES DA INFÂNCIA E JUVENTUDE.


Hoje um amigo lembrou de uma passagem que teve numa escola de Padres, onde resistiu bravamente, junto com os colegas, à tentação de delatar um deles. O Padre reconheceu a atitude deles.
Boa época em que nossos professores eram nossos educadores e respeitados por isso.

Isto nos remete, nos dias de hoje, a famigerada Delação Premiada, motivo das lembranças do meu amigo e desta minha ponderação.
Lembrei-me a um senhor que morava em nossa rua, de nome Geraldo Oliveira, alto, forte, com cara de gente amiga, sempre disposto a nos orientar.
Várias vezes quando o filho dele e eu íamos ao equivalente de hoje “baladas”, ele nos aconselhava:
“Cuidado, a malandragem nunca dorme. Vocês estarão se divertindo e eles pensando em como aprontar para vocês”.
Outra de suas frases que guardo com carinho é - na essência e não nas palavras literais - “o bandido é bandido sempre. Ele não conhece o bem ou a amizade. Não faça amizade com bandido, porque na primeira chance ele ferra você”.

Nós vivíamos no Chora Menino, então franja da civilização da cidade. Os bairros adiante eram perigosos, uma época onde sabíamos os nomes das ruas que nos representavam perigo.

Hoje os bandidos estão em todos os lugares e tem idiotas a seu serviço dispostos a ficar o tempo todo nas redes sociais acusando os adversários de podres e disseminando o conceito que todos os políticos e ricos não prestam.
Faz parte de sua legítima defesa.
Boa parte desses bandidos legislam e fizeram a tal da Lei da “delação premiada”, uma péssima cópia dos países onde existem situações parecidas. Assemelham-se, mas com uma diferença muito grande: lá fora o bandido devolve todo dinheiro possível que roubou e CUMPRE uma pena menor numa cadeia melhor.
Aqui o pilantra faz um acordo e devolve parte do dinheiro que conseguem descobrir que ele roubou, vai para casa com piscina e whisky contrabandeado e, em dois anos, está limpo como o bumbum de um bebe banhado.
Por uma lástima da minha lembrança esqueci o nome de um professor de História do colégio dos Salesianos que um dia tivemos a infeliz idéia de apelidá-lo de Chacrinha.
Ele dizia, em plena Ditadura, que deveríamos “ deixar o Comunismo se instalar no Brasil que, em dez anos, os brasileiros o desmoralizaríamos”. Ele não estava errado; nós não só não conseguimos implantar o Comunismo na acepção da palavra como desmoralizamos um regime de esquerda em menos de um ano e meio.


Aceitam um cappuccino?

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