segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Qualquer hora dessas

Engajadas ou não, notícias recentes me fazem refletir que, cada vez mais, estamos perto de um ponto de inflexão redundante em ruptura social.
Afinal, o Brasil não é um país constituído de cidadãos de primeira, segunda e terceira classe.
Somos todos iguais perante a lei talvez tenha sido meu primeiro ensinamento nas antigas aulas de Educação Moral e Cívica.
Infelizmente não é o que vejo.
O que eu vejo, sim, são tristes mães cobrindo o rosto de seus filhos e fugindo dos seus barracos incendiados por quem deveria manter a ordem pública e proteger os cidadãos.
Servir e proteger” é o slogan estampado nas portas dos carros de polícia da Califórnia.
Temos mais sol que a Califórnia e somos um povo mais feliz.
Deveríamos ter um “proteger e servir” escrito no capacete de cada um dos policiais da Polícia de Choque.
E também na mesa do Prefeito, Governado, Presidente, vereadores, deputados e senadores.
Até quando nossos governantes acham que o povo vai aceitar a tese de que “Alguns nasceram bem, são do bem e viver bem”, enquanto outros não tiveram sorte e nasceram pobres e para sair dessa condição só mesmo pisando na cabeça de muita gente que aí a coisa da certo.
Volto a publicar o poema do Pastor alemão Martino Neimöller:
“Quando os nazistas levaram os comunistas, eu fiquei quieto; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu permaneci quieto: eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei: eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus, eu me mantive calado: eu não era judeu.
Quando eles me levaram, não sobrou ninguém que protestasse por mim.”


Aceitam um cappuccino para refletir?

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