quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pé no saco!

Existem algumas polêmicas que me deixam irritado por serem estéreis.

Quer coisa mais inútil que discutir celibato na Igreja Católica?
O Papa é isso, o Papa é aquilo.
Quer saber?
Está nas normas: se quiser ser Padre ou Freira não pode se casar.
A hora que a Igreja estiver fechando as portas por falta de padre – já que, mais um absurdo, freira não pode celebrar missa – algum iluminado vai ter que achar uma solução.

Dizer que os padres são pedófilos por falta de casamento é a maior das tolices: basta ver o perfil dos pedófilos americanos, país que certamente tem o melhor estudo a respeito: a maioria absoluta se constitui de homens casados, com filhos e - para pasmar – normalmente respeitados dentro da sua célula social como “pessoa boa” ou “Pessoa do Bem”, a idiotice semântica do momento.

Não acredito que o Papa atual – nem o próximo – vai querer mudar alguma coisa a respeito disso.
Só tenho uma curiosidade que chega a morbidez:
Por que ninguém foi encher o saco do Ho Chi Min sobre seu celibato ou o Dalai Lama?

Quando teremos protestos pelo direito de monges tibetanos deixarem os cabelos crescer?
Monge budista pode ser celibatário e casto e não se encontra uma linha em qualquer pesquisa feita na internet de pessoas xingando os seguidores de Sidarta por isso.

Isso é religião e religião é facultativo em nossas vidas.

Para mexer no vespeiro de vez, acho que não será para meu tempo que a Igreja Católica - e várias outras religiões e vertentes religiosas - vão admitir a prática homossexual.
Sabe o que eu acho disso?
Graças a Deus - se me permite Zélia Gattai - que o Estado é laico.

Não me afeta em nada as proibições da Igreja, da mesma forma que não tenho medo de pecar.
É da minha Natureza Humana.
Lembro dos padres do Ginásio Salesiano que estudei, da igreja onde passei vários anos de minha juventude, do pessoal que tentou me cooptar para a Opus Dei, repetirem quase mecanicamente que o sexo deveria ser usado somente para procriação e, para usarmos uma linguagem mais cotidiana, se restringir ao “Papai e Mamãe”.
“’Tá bom, ‘ta bom, “Seu” Padre, eu já entendi. Agora, bota aí na minha conta de pecados alguma safadezas que não dei conta de resistir. Perdoa em nome de Deus”.
Não é simples assim?

Outro dia li que aquele deputado que já foi BBB quer proibir pastores de pregar a cura do homossexualismo.
Primeiro lugar, deputado, o senhor participou de um BBB, então não atire pedra no telhado da ignorância alheio.
Segundo lugar: o Pastor terá sucesso, deputado? O senhor vai dar moral para um idiota destes?
Terceiro lugar: o Estado laico – Graças a Deus, se me permite Zélia de novo – vai interferir em religiões? Então por que o senhor não pede a proibição da prática da religião que prega o fim das todas outras religiões e que apedreja homens homossexuais e mulheres violentadas? Não daria Ibope ou estaria fora de moda?
Ou isso afeta um mundo distante do nosso?

Abaixo a homofobia, mas abaixo a interferência religiosa no estado laico e vice-versa.
Se o Papa acha que o homossexualismo será o fim da família, ele que não se preocupe; quando essa hora chegar, não existirá padre, bispos ou papas na face da Terra. Estarão todos casados.

Só tomando uma...

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