Dia desses fomos conhecer onde vive nossa Fernanda e desvendar os mistérios do país dos Leprechauns.
Como a propaganda é efetivamente a alma do negócio!
Sei de muita coisa que acontece em cidades mínimas da América do Norte e me sinto um ignorante em relação ao resto do mundo.
A Irlanda tem muitas belezas, naturais ou criadas pela mão humana como, por exemplo, os Penhascos de Moher e os muros de pedra que se vê por todo o país.
Os penhascos de Moher, oeste da Ilha da Irlanda.
Os primeiros são gigantes que avançam sobre o mar e travam uma constante luta com as ondas para estabelecer limites de seus domínios.
Os segundos criam desenhos fabulosos, uma espécie de moldura para os verdes campos de pastagens.
Vi, fascinado, o valor que os irlandeses dão à paisagem a marítima, a ponto de colocar no meio da rua, protegido por pilastras, um banco só para contemplar o mar. O Bono mora nesta rua.
Os locais tomam, e tomam bastante, uma cerveja escura e densa que é um grande orgulho nacional, assim como seu time de rúgbi.
Sua Meca divide-se entre o Temple Bar e a fábrica São Jaime da Guinness .
Dançam sapateado, com o tronco e braços estáticos, de forma mágica e ligeira, arte que vi de perto com Roma e Michelle.
Respeitam os pedestres como se fossem ídolos. Nas estradas muito estreitas, as pessoas caminham sem olhar para trás e sem se preocupar com os carros que passam muito próximos ao limite legal de 100 quilômetros por hora. Eles têm a certeza de que o motorista vai se desviar dele, caminhe a pé ou de bicicleta.
Confesso que senti inveja dessa civilidade. Nenhum daqueles transeuntes sobreviveria dois dias no Brasil.
São apaixonados por flores, vendidas a cada esquina, roseiras cultivadas com orgulho.
Seus castelos fazem contrastes perenes com o horizonte, com a frieza de um gigante adormecido.
Este é o Castelo de Ashford, que hoje é um hotel.
Castelo de Dúnguaire a esquerda.
A direita o Castelo de Trim, onde foi filmado Coração Valente.
Aproveitamos a viagem para encontramos um parte da família que passava por Portugal.
Entre fados, vinhos e caminhadas sem fim, entreguei meu coração a Lisboa.
As imagens do sol nascendo por detrás do Castelo de São Jorge ou coroando a Torre de Belém serão eternas em minha memória.
Rever a casa onde meu sogro nasceu e viveu sua infância foi uma alegria que pudemos dar a Elisinha.
Em Fátima pude pisar, pela primeira vez, em um Campo Santo. Rezei por todos, nominalmente por alguns.
Ovos moles, pastéis de Belém, fado vadio, dor e pecado.
Bons e poucos dias de convivência com minha pequenina.
A tarde caiu e lá se foi nosso girassol atrás do sol no sul.
De verdade, o que mais me impressionou nessa viagem foi descobrir uma nova visão da saudade: Ela morre de forma definitiva no primeiro olhar e renasce com o mesmo vigor de antes no adeus; a saudade que se foi no aeroporto de Dublin voltou com o pôr-do-sol de Lisboa.
Aceitam um Porto?
8 comentários:
Não sei se ando muito sentimental, mas me emocionei. Beijos, Mari
A saudade mata a gente, morena... Ouvi esta canção or todaminha infância e nunca consegui ver sentido nessa frase. Até agora.
Beijos
Tio.
Grata por partilhar momentos felizes e lugares maravilhosos!!!
Abraços
Lucila
Coisas boas são feitas para partilhar com pessoas boas.
Abraços
Arnaldo
Queridos
Amei as fotos
Que Deus continue colocando muita luz no caminho de vocês.
Um grande beijo
Val COSTA DO SAÚÍPE
Saudades
Oi Elisa e Onça
Adorei a viagem de vocês! Teve ter sido linda em todos os sentidos, não é mesmo?
Nada como matar uma saudade vivida dentro de nossos corações! Com a sua postagem Onça, além de poder conhecer um pouquinho de um país desconhecido para mim, pude também sentir a sensação vibrada por 3 corações saudosos.
Beijos, para vocês e todos da família. Ana
É muito bonito ver total sintonia entre a linguagem verbal e visual... Como nesse texto em que ambas revelam a imensa sensibilidade artística do autor. Sem contar com o lugar e situação mágicas retratadas. Leitura recomendável a todos que são apaixonados pela vida/arte. Grande abraço Onça. Parabéns!
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