segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Talentos como, por exemplo, Caio Souza

Sou louco por esportes e sempre lamentei comigo mesmo não poder correr como um louco vida afora; minha asma não me permitiu.
Entretanto, por favor, não entendam isso como uma queixa.
Talvez essa limitação tenha sido a responsável por querer tanto praticar esportes que não pude.

Dizem que quando uma pessoa não consegue jogar bola – ou futebol – ele tem dois destinos:
ou vai ser árbitro ou vai ser comentarista.
A primeira opção também me seria impossível e a segunda não aceito: é tremendamente chato assistir um jogo qualquer e ficar ouvindo comentários daquilo que meus olhos presenciam; se estou vendo o que sae passa, para quem alguém tem que me dizer o que vejo?
Silêncio, por favor! Deixe-me ver em paz sua Alteza Sereníssima Neymar I desfilar sua graça depois do Fico.

Neste final de semana assisti várias partidas de vôlei e me recordei quanto sofria quando via o Brasil feminino apanhar das peruanas – que entravam em campo com uma empáfia danada, coisa que nossas meninas não fazem – ou da Polônia, Estados Unidos e países do Leste Europeu no masculino.
Os nacionais já entravam derrotados.
E hoje?
Hoje quando acontece uma derrota é motivo de comemorações no país estrangeiro. Recentemente a Itália estampou manchetes por que seu time feminino venceu o Brasil no Brasil. Mais ou menos como faziam vários países quando derrotavam nosso futebol antigamente.

Surgem talentos na natação a ponto de vencerem no Pan Pacífico. Nem sabia que tínhamos fronteira com esse Oceano! Como isso aconteceu?
Fomos convidados.
Sim, fomos porque alguns poucos investiram nessa juventude enorme que existe no país, já que nosso (des)Governo não investe maciçamente no Esporte porque precisa forrar cuecas com dinheiro e manter uma filosofia política por 20, 30 anos no poder.

Assim, nossos talentos aparecem por investimentos esporádicos de companhias que vêem no Esporte um retorno publicitário razoável.
Ainda assim, algumas delas pecam ao quererem um retorno imediato:
Vejam o caso do Bradesco. Por anos patrocinou o time de vôlei de Osasco que, infelizmente amargou quatro vice-campeonatos seguidos na Super Liga Nacional.
Com a mentalidade de um banqueiro, o Banco resolveu abandonar o barco.
Mas a cidade conseguiu novo patrocínio e, aí sim, a equipe foi campeã, e a Nestlé mostrou sua marca Sollys para o mundo inteiro.

Nossa equipe de Ginástica Olímpica, ou Artística como se chama agora, já não entra em competições para ficar com os últimos resultadose vira e mexe belisca uma final ou medalha.
Tem seus talentos conhecidos no mundo todo e alguns batizaram movimentos.

Eu conheço pessoalmente um desses talentos, surgido com apoio da AABB São Paulo e investimento pingado pelo suor dos seus pais.
Parabéns Caio Souza, você ilustrou Calendário Desportivo Nacional deste ano.
Parabéns aos seus treinadores, colegas de ginástica e fisioterapeutas.
Espero que você continue a nos dar essas alegrias, e a seus pais, que fizeram por você o que o país deveria ter feito.













Um brinde à sua saúde!

Um comentário:

Maria disse...

Bom dia,
gostaria de agradecer a lembrança e a referência ao meu trabalho, e de amar e proteger os sócios e nossos atletas, você é muito querido e respeitado por todos. Deus de proteja e guarde junto com sua amada esposa Elisa e sua familia.
abraços e obrigada
Maria Clementina