domingo, 16 de agosto de 2009

Para alegrar Dona Hélia.

Dia desses fraquejei no meu Quarup.
Não sei e acho que nunca tenha sabido tratar com a perda de meus pais, mas sempre pensei que me restariam duas alternativas:
1) - Chorar pelos cantos, bater com a cabeça na parede e mendigar atenções, coisa que não me parece sensata;
2) - Ou fazer meu Quarup e, caso isso fosse insufuciente, chorar quieto, sentar, pensar e chorar de novo e, - talvez pelo trauma que me colocaram os psiquiatras e psicólogos com quem me tratei ao diagnosticarem sempre situações como essas como “falta de atenção” - fazer isso tudo longe de todo mundo.
Como dizia, essa tentativa de me manter sóbrio desabou dia desses quando peguei umas coisas da minha mãe que, por qualquer motivo, se transformaram em minha herança.
Desembrulhava algumas taças e as coloquei para lavar e, quando dei por mim, chorava sem controle.
Tenho que ser honesto em dizer que doeu muito aquela saudade e a vontade de olhar nos olhos claros da minha mãe e dizer-lhe que a amava.
Santo tempo, calmante exato para algumas aflições.

Minha mãe era uma educadora, professora de muitas pessoas que literalmente aprenderam a escrever com ela: foram mais de 25 anos de primeiro ano primário.
Imagino que hoje, domingo, 16 de agosto de 2009, ela esteja bastante feliz.
Isto porque a Vera e a Tatiana lançaram um livro de história infantil, Dolores Dolorida.
Texto de uma menina que adora contar história, ilustrações lindas e bem feitas de outra com muito talento.

Tatiana e Vera são casadas com netos da Dona Hélia, cujo marido foi autor de livro contanto a saga de sua família, um filho que já escreveu sete e outro neto escritor, o Rafael, que já tem mais de um livro pronto.

Parabéns meninas.
Que venham muitos outros livros, muitas outras histórias a serem contadas e ilustradas.







Vera e Tatiana

Por falar em família, eis Isadora, junto com a irmãzinha Cecília, a mãe Mariana e a prima Fernanda.

Aceitam um cappuccino?

3 comentários:

Nossa Toca disse...

Bom, obviamente eu, que também sou muito família, me alegrei muito com o carinho do meu tio mágico!

Unknown disse...

Parabens, para a familia.Nesse mundo atual tão material, e fugaz dos valores moraes, radicalismo ou ausencia da religião, banalizada ou comercializada. Muito tem mesmo que se orgulhar de pessoas preocupadas com o próximo.
A perda de meu pai, tambem foi um grande trauma. Mas muitas vezes ele apareceu em meus sonhos para dar-me alento. Sobrevivi. Quando foi minha mãe, que pregou e exercitou o amor, eu já estava calejada. E, com a idéia de que se amamos nossos filhos mais que nossas vidas, como ficaremos vendo-os sofrer. Então toda vez que a saudades bate, rezo e os imagino sorrindo. Bjs

Arnaldo Onça disse...

Grato Monica.

Como dizia aquela música que meu pai sempre cantava: " A saudade mata a gente..."
Arnaldo