domingo, 22 de dezembro de 2019

2.019, o ano que a mídia tirou a autoestima dos brasileiros


No fundo, lutar pelo dinheiro, nosso dinheiro, nossos impostos suados.
Esse foi o lema das grandes mídias (e pequenos blogs) em 2.019.

Para isso fomos levados pelo nariz a ver somente notícias ruins, que 2.019 se encarregou de nos mandar aos borbotões, e notícias sem importância, para que acreditássemos naquilo que já sabíamos sobre nossos infelizes governantes.

Restou para nós acompanharmos pelas redes sociais aquilo que acontecia e bom no país, ainda que muitos dos nossos conhecidos tenham colocado viseiras ou antolhos, como burros de carga, para ajudar a mídia a nos trazer nossa vida para baixo, com matérias distorcidas ou falsas mesmo.

Então ficamos prestando a atenção em preços das passagens aéreas, mesmo quando um quinto dos brasileiros estava correndo atrás de um emprego que lhes desse um mínimo.
Depois foi o preço do gás, da gasolina, do dólar.
Quem quer saber de dólar? No ano 2.000 uma pesquisa mostrava que mais de 96% da população brasileira jamais tinha pego uma nota de dólar nas mãos.

Sabemos o nome da pirralha sueca, mas ninguém, fora os familiares deles, sabe dizer o nome de um bombeiro sequer daqueles que ficaram nadando na lama de Brumadinho para dar um enterro digno aos infaustos que ali perderam a vida.
Sinceramente, para você, qual a importância que tem as revistas TIME ou NATURE?
Se derem uma dessas revista para 20% da população brasileira, possivelmente servirá de papel higiênico.

Em suma, eram revistas desimportantes que nós tivemos que engolir como algo importante.
Os níveis de criminalidade caíram no pais todo e em São Paulo despencou.
Entretanto as balas perdidas e as vítimas crianças foram exploradas ao máximo, junto com frases que ressaltavam a “insegurança”, para estimular nossa tristeza.
A Bolsa de Valores saltou de 80.000 para 114.000 pontos desde outubro de 2018, mas isso não é mais notícia interessante.

Nada do que é positivo, se expõe na mídia, exceto os títulos do Flamengo, pois isso deu audiência.
A excepcional participação dos atletas no Pan e Parapan ficaram com míseras notícias de, no máximo, 30 segundos. Afinal, precisavam de tempo para comentar as “rachadinhas”.

Em suma, perdemos muito neste ano, pois 2.019 não foi fácil.
Perdi parentes, amigos queridos, músicos queridos, vi se irem artistas e pessoas públicas que admirava.
Todavia, fazendo uma análise daqueles que só se faz no final do ano, nada me deixou mais em baixa que os noticiários.
Então 2.020 vai começar com um propósito: menos notícias, bloquear pessoas amargas e voltar a tomar meu cappuccino com alegria.

Felicidades a todos nestas festas e um esplêndido 2.020

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