terça-feira, 19 de julho de 2011

Chega! Basta!

Hoje cedo soube por minha amiga Geisa Couto que algo estarrecedor acontecera no interior de São Paulo: pai e filho, que estavam abraçados, foram confundidos (!?) como homossexuais e tomaram uma surra de uma gangue de covardes, frustrados, idiotas e, possivelmente, homossexuais enrustidos que tem raiva de conviver com esse conflito.
Meu primeiro pensamento foi: algumas coisas estão saindo do controle e passando dos limites.
Há algum tempo atrás um bando de bestas deu uma surra numa mulher por que imaginaram que era uma prostituta e o pai de uma dessas bestas disse que isso era coisa de jovens. Lembram?
Agora um reencontro fraternal também virou erro de juízo.
Até quando nossa sociedade, ocidental, evoluída, livre, vai se submeter a essa estupidez de marginais que imaginam que podem impor através da força um tipo de pensamento que já enterramos com Woodstock e com a composição “não existe pecado do lado de baixo do Equador”?
As pessoas boas “deste país” têm que deixar claro que a transigência é determinada pela maioria e a maioria evoluiu.
Chega!
Basta!
Não quero fazer apologia a qualquer tipo de comportamento individual ou profissão religiosa, mas até o símbolo do Deus em forma de bondade, baixado à Terra, um dia pegou um chicote e expulsou os vendilhões do Templo.
Cadeia tem que voltar ao conceito primário de castigo, com a proposta secundária de recuperação, para ser evitada.
Não cometo crime por princípios bem calcados por uma boa educação e pela opção de conviver com pessoas boas; mas o pavor de ficar atrás das grades, sem a liberdade de me mover, dormir e acordar a hora que quiser é, sem dúvida, um enorme combustível pela minha moderação social.
Vamos começar a pressionar esse nosso Congresso fajuto através das armas que temos – voto e amigos que votam, redes sociais e paróquias – para que se restabeleça os limites constitucionais da liberdade individual, e botar um fim nessa intolerância.

E sugiro que se aconselhe esse pessoal a preparar o tomar um cappuccino; é um excelente templo para reflexão.

Obrigado Geisa, por pensar como você pensa e se indignar com essas atrocidades.

6 comentários:

orlando Pereira disse...

Amigo Arnaldo,

Fiquei tb indignado.
Ando sempre abraçado ao meu
filho de 23 anos. Estes dias passei no Brasil e aproveitei cada
momento com a minha familia.
Abraçando e beijando as pessoas mais importantes da minha vida.
Será que serei privado um dia de poder fazer isso em público ?
Forte abraço Angolano
Orlando Pereira

Arnaldo Onça disse...

Amigo Orlando!

Acho que estas barbaridades estão acontecendo por que os pais não abraçam seus filhos.
Saudações a Angola.

Graça disse...

Todos nós estamos indignados!!!!
abraços
Graça

Edeli disse...

É Onça o que será que passa nas cabeças destes jovens. Nada.... Animais quando domesticados são carinhosos, será que esta falta de sentimento de sensatez é inerente a educação recebida, pudera que hoje há tantos problemas de depressão, síndrome do pânico e etc.. no mundo atual tudo que se ouve e o que se vê é estarrecedor. Quem sabe a nova geração de adolescentes que está por aí consiga ser mais espiritualizada. Torço. Abs."

Roberto disse...

Legal o texto Onça, pena que todos os animais da face da terra, não somente o ser humano, foram programados para estranharem os que lhe são ( ou parecem ) diferentes, portanto não é fácil implantar um código universal de conduta, mas pelo menos se deve gritar contra covardias como a que vc se baseou. Abs

José Carlos disse...

"Boa Arnaldo. Li e recomendo!"